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Dono da Priples já está no Cotel

Henrique Maciel, acusado de crime contra a economia popular e formação de esquema de pirâmide financeira, foi preso na manhã do sábado (3)

Do JC Online
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Publicado em 03/08/2013 às 19:53
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O proprietário da empresa de marketing multinível Priples, Henrique Maciel Carmo de Lima, 26 anos, e sua esposa Mirele Pacheco, 22, foram presos na manhã deste sábado (3) acusados de crime contra a economia popular e formação de esquema de pirâmide financeira. Depois de passar cerca de cinco horas na Delegacia do Ipsep, Zona Sul do Recife, Henrique Maciel seguiu para o Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, município ao Norte do Grande Recife. Passava das 16h quando o estudante de Ciências da Computação deixou a delegacia, na Rua Jean Émile Favre, num carro da polícia.

A transferência foi acompanhada por investidores da empresa e curiosos que se aglomeraram na frente da delegacia. Funcionários de estabelecimentos comerciais deram uma trégua no serviço para ver a cena. Motoristas que passavam pela Jean Émile Favre gesticulavam para dizer que a prisão acabava com a promessa da empresa, de lucro fácil para os seguidores do site. No mesmo horário, a enfermeira Mirele Pacheco de Freitas, 22 anos, esposa de Henrique Maciel, foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste da cidade.

Também neste sábado (3 de agosto), a juíza Sandra Beltrão, da 9ª Vara Criminal da Capital, determinou a interrupção do serviço da Priples. O descumprimento da decisão judicial acarreta multa no valor de R$ 50 mil para cada nova inscrição realizada e de R$ 1 milhão, por dia, se o site da empresa não for retirado do ar. Está em análise a solicitação de mandado para sequestro e recolhimento de todos os bens móveis e imóveis do casal.

Os bens dos acusados também foram bloqueados. Segundo o delegado responsável pelo caso, Carlos Couto, o patrimônio de Henrique Maciel e Mirele Pacheco chega a R$ 70 milhões. A empresa Priples diz trabalhar no sistema de marketing multinível, onde os divulgadores do produto (no caso da Priples são anúncios na internet) recebem ganhos de 60% mensais em cima do valor investido.

"Eles dizem que a empresa não alega retorno financeiro. Se o investimento não for pago em dinheiro, eles se reservam no direito de fazê-lo através de anúncios no site da Priples", explica Couto. Em julho, dezenas de divulgadores da empresa fizeram fila na sede da Priples, localizada no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, por não terem recebido os pagamentos.


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