Familiares e amigos da menina Beatriz Mota, de sete anos, assassinada em dezembro de 2015 em um colégio no município de Petrolina, no Sertão do Estado, realizaram um protesto em frente ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, na tarde desta quarta-feira (24). Com cartazes, faixas e cornetas, eles pediram punição aos envolvidos no crime.
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Segundo os pais da menina, as imagens divulgadas em março deste ano seriam da própria escola, e não de estabelecimentos comerciais do entorno, como a polícia apontou. "Eu, como funcionário da escola, sabia que existiam essas câmeras, que eram estratégicas. São as melhores câmeras do colégio, porque foram colocadas após uma reforma feita em 2015 na entrada dos alunos", argumentou o pai, Sandro Ferreira. Para a família, as imagens teriam sido apagadas por funcionários da instituição.
As imagens do suspeito foram divulgadas no dia 15 de março. Segundo a polícia, o vídeo que mostra o momento em que o homem esconde uma faca na calça foi obtido a partir de um procedimento de melhoria das imagens de câmeras do entorno da instituição, realizado no sudeste do País. A versão dos pais é bem diferente: as imagens não teriam sido melhoradas, mas recuperadas do HD de uma das máquinas do colégio.
Os manifestantes foram recebidos pelo subprocurador-geral de Justiça do MPPE, Clênio Valença. Pela manhã, Lúcia Mota e Sandro Ferreira também participaram de uma reunião na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
CRIME
Beatriz foi morta em 10 de dezembro de 2015 com 42 facadas. A menina estava com a família na festa de formatura da irmã mais velha, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde estudava, quando pediu para beber água e não voltou mais. O corpo da criança foi encontrado 30 minutos depois no depósito de materiais esportivos da escola, junto com a faca utilizada no crime.