Atualizada às 18h36
Um corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado, na tarde deste sábado (23), enterrado na área do Condomínio Nova Morada, bairro de Nova Morada, Zona Oeste do Recife. O Instituto de Medicina Legal (IML) informou que, às 14h55, saiu para buscar o corpo na área. No entanto, não forneceu mais informações sobre a identidade da vítima.
A 400 metros do local mora o pedreiro Paulo Cesar de Oliveira, de 24 anos, namorado da estudante Remís Carla Costa, também de 24. A graduanda de pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está desaparecida desde o último domingo (17), quando foi vista pela última vez saindo da casa de Paulo, sem dizer para onde iria.
A Polícia Civil, que está no local, ainda não falou sobre o assunto. O Corpo de Bombeiros também foi acionado, entre as 15h30 e 15h50, para ajudar na remoção do corpo.
Remís Carla Costa desapareceu no último domingo (17), após sair da casa do namorado, Paulo Cesar de Oliveira. De acordo com a família da jovem, a garota e o rapaz discutiram naquele dia, dentro da casa dele, no bairro de Nova Morada. Remís teria saído da residência de Paulo, sem dizer onde iria. O último contato com os familiares e amigos foi também no domingo, por meio de mensagens em redes sociais.
Em depoimento à polícia, o namorado negou agressões à jovem. Durante seis horas, Paulo continuou afirmando que, após a briga na tarde do domingo, ele não teve mais informações da namorada.
Em novembro, a jovem denunciou Paulo na Delegacia da Mulher, por agressão, injúria e ameaça. Remís chegou a receber uma medida protetiva, mas, segundo a Polícia, Paulo não foi encontrado para assinar a notificação. Ela se afastou dele, mas voltaram a se aproximar no último dia 14.
Na quinta-feira (21), familiares e amigos se reuniram na reitoria da UFPE, a fim de solicitar apoio do reitor Anísio Brasileiro.
Na sexta-feira (22), amigos e familiares de Remís estiveram na comunidade Nova Morada, próxima à Avenida Caxangá, com cartazes e panfletos refazendo os últimos passos da estudante. Segundo os amigos de Remís, o intuito da caminhada é envolver e pedir o auxílio dos moradores da comunidade na busca pela jovem.
No mesmo dia Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e UFPE, onde Remís estuda, enviaram um ofício à Polícia Civil solicitando que o delegado Élder Tavares, da Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa (DDPP), responsável pelas investigações do caso do desaparecimento da jovem, fosse substituído, visando acelerar a resolução do caso. No entanto, a corporação informou, por meio de nota, que o investigador já estava debruçado sobre o caso e outra pessoa não seria colocada no lugar.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou uma nota, no início da noite deste sábado (23). "Desde já, fica nossa mensagem de apoio e solidariedade aos familiares e amigos de Remís neste momento tão difícil", diz o texto.
Veja nota da Polícia Civil sobre o caso:
A Polícia Civil de Pernambuco informa que o caso do desaparecimento da estudante de pedagogia Remis Carla Costa está sob sigilo para não atrapalhar as investigações. A corporação esclarece que o delegado Élder Tavares, da Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa (DDPP), só falará com a imprensa ao concluir o inquérito.