GOLPE

Golpe da falsa vaga de emprego em Suape faz mais de 40 vítimas

Além de pagar R$ 30 para a confecção de um crachá, as vítimas tinham que indicar mais amigos para outras vagas para bater meta e ser chamado pela empresa

JC Online
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Publicado em 27/06/2018 às 18:00
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Além de pagar R$ 30 para a confecção de um crachá, as vítimas tinham que indicar mais amigos para outras vagas para bater meta e ser chamado pela empresa - FOTO: Foto: Reprodução/EBC
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Uma oferta de emprego falsa fez várias vítimas em Suape, no Grande Recife. Pelo menos 40 pessoas denunciaram uma suposta funcionária da empresa de recrutamento, que exigiu um pagamento no valor de R$ 30 em espécie para confeccionar um crachá, e ainda pediu que os candidatos indicassem mais amigos para trabalharem na empresa.

“Ela dizia que era para bater meta. No começo eu consegui arrumar oito pessoas e depois mais 12, que também foram enganadas”, conta uma das vítimas do golpe.

As vagas ofertadas eram para os setores administrativo, financeiro, recursos humanos e serviços gerais. Como as vagas eram por indicação, as vítimas não sabem quem foi a primeira pessoa a receber a informação da oportunidade de emprego. Sempre um conhecido indicava outro e assim a quantidade de vítimas crescia.

Em entrevista ao Jornal do Commercio, uma mulher conta que esperava o contato dela há dois meses. “Uma amiga minha me indicou e nós fomos nos encontrar no Marco Zero, onde foi marcado com a mulher”, relata a vítima. A falsa recrutadora, que continua sendo procurada pela polícia, fez uma entrevista de emprego que, segundo ela, era a primeira etapa do processo seletivo. Dias depois ela marcava outra reunião onde já deveria ser entregue a documentação do candidato e uma taxa, no valor de R$ 30, para confeccionar o crachá que permitiria o acesso à empresa.

Uma mãe com três filhos conta que foi prometido a ela um emprego como auxiliar de cozinha, com o salário de R$1.200. “Tive sonhos, me planejei. Comprei calça, tirei novos documentos, mas era tudo ilusão”, lamenta mais uma vítima do golpe.

Denúncia

Por não obterem retorno da empresa, o grupo começou a desconfiar que se tratava de um golpe. Após ser pressionada por parte das pessoas que roubou, a falsa funcionária chegou a confessar que tudo não passava de um golpe e que estava precisando de dinheiro.

Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia do Espinheiro. Até o momento 40 pessoas já haviam prestado queixa. O delegado Rômulo Ayres está à frente das investigações. A mulher já foi intimada a depor e deve se apresentar à polícia para esclarecer o crime cometido.

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