Polícia oferece recompensa para encontrar chefes de grupo criminoso em Ipojuca

Dois chefes de uma organização criminosa especializada em homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo com atuação em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), são procurados pela polícia. Um deles é o principal suspeito de cometer cerca de 15 homicídios na localidade somente em 2018. A polícia divulgou nesta terça-feira (16), durante coletiva de imprensa, que oferece mil reais de recompensa para quem colaborar com informações sobre o paradeiro deles.

De acordo com o delegado Ney Luiz, responsável pela Operação Mar Negro, Tiago Mateus de Lima, conhecido como "Tobias", de 19 anos, já havia sido apreendido quando adolescente, onde confessou ter assassinado seis pessoas, que eram rivais da quadrilha.

Além de ter confessado seis homicídios e estar sendo investigado por outros, Tiago também tem histórico de fuga do presídio, segundo a polícia. "Há dois anos ele voltava de uma audiência, sob escolta dos agentes, que o levavam de volta para o presídio. No meio do caminho, bandidos fecharam a viatura e renderam a equipe, conseguindo levá-lo", relata o delegado.

Outro procurado pela Polícia Civil é Evanilson José da Silva, chamado de "Bambam", de 31 anos, que chefiava a quadrilha juntamente com Tobias. "Diferente de Tobias, que executava os crimes, Bambam só dava as ordens do que os comparsas deveriam fazer", conta Ney Luiz.

Um terceiro integrante da quadrilha também está foragido. Wallef Aluino dos Reis Silva, conhecido como "Tango", é investigado por tráfico de drogas.

A operação

A 54ª Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada ‘Mar Negro’, foi desencadeada, na manhã desta terça-feira (16), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. A quadrilha agia no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. 10 pessoas foram presas, e outras três estão sendo procuradas pela polícia.

Entre os detidos está Gibson José da Silva, o “Gibinho”, que gerenciava a facção criminosa. Acima dele estão, como chefes do grupo, Tobias e Bambam, que ainda são procurados pela polícia.

Com forte mercado ilícito de drogas no município de Ipojuca e localidades vizinhas, o grupo usava uma barbearia de fachada para esconder os entorpecentes. Willames Lima da Silva, conhecido como “Barbeiro”, era o responsável por guardar o material no estabelecimento.

Dos 10 que foram alvo de mandado de prisão, quatro já estavam custodiados no Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), de Abreu e Lima, no Grande Recife. 

De acordo com o delegado Ney Luiz, responsável pela operação, 90% dos crimes deste tipo cometidos na cidade, são de autoria dos integrantes desta quadrilha.