CHEFE DO TRÁFICO

Chefe do tráfico de Araçoiaba é preso pela polícia em Paulista

A ficha criminal de 'Deca' se estende, desde execuções ao comando do tráfico na cidade. A facção dele movimentava cerca de R$ 30 mil mensais com a venda dos entorpecentes

JC Online
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Publicado em 07/01/2019 às 14:54
Foto: Divulgação/Polícia Civil
A ficha criminal de 'Deca' se estende, desde execuções ao comando do tráfico na cidade. A facção dele movimentava cerca de R$ 30 mil mensais com a venda dos entorpecentes - FOTO: Foto: Divulgação/Polícia Civil
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O principal procurado da Força Tarefa de Homicídios Norte, André de Oliveira Souza, de 25 anos, conhecido como “Deca”,  foi preso em flagrante, após apresentar documentos falsos durante abordagem do Grupo de Ações Táticas Itinerante (GATI), em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Os detalhes da ação conjunta das polícias Civil e Militar foram divulgados nesta segunda-feira (7).

O rapaz foi abordado em uma moto, na sexta-feira (4), no bairro de Pau Amarelo, após os agentes da Polícia Militar desconfiarem da atitude dele e de outro homem, que estava na garupa do veículo. Everaldo Vitor, capitão do 17º Batalhão, conta que, ao pedir o documento de identificação do rapaz, ele relatou ter deixado em sua residência. 

“Fomos com ele até a casa informada, e ao chegarmos no local ele nos entregou um documento que aparentemente era verdadeiro, com papel original. Mas ao perguntarmos qual era o nome de sua genitora, ele não soube responder”, disse o capitão.

Desconfiados, os policiais entraram em contato com a Civil, que identificou o verdadeiro nome do rapaz, que tentava se esconder da Justiça por conta da prática de outros crimes.

R$ 30 mil com a venda de drogas

De acordo com a delegada Natália Souza, responsável pelo caso, contra ele já havia um mandado de prisão pela tentativa de homicídio qualificado, em disputa pelo comando do tráfico de drogas no município de Araçoiaba, no Grande Recife, onde atuava como maior traficante da área.

A equipe de investigação da Polícia Civil levantou provas de que a organização criminosa comandada por Deca, composta por 26 comparsas, movimentava mensalmente cerca de R$ 30 mil com a venda de drogas. “Obtivemos esta informação após os agentes da Polícia Militar fazerem buscas na casa do suspeito e encontrarem um caderno, com toda a contabilidade da facção”, relata a delegada.

Extensa lista de crimes

O histórico do preso, que já tem várias passagens pela cadeia, ainda se estende para a prática de execuções, tentativas de homicídios, tráfico e associação criminosa, crimes estes que já havia sido condenado pela Justiça. Ainda segundo informações de Natália Souza ele ainda é investigado por outros cinco homicídios.

Um deles, classificado como “homicídio bárbaro” pela delegada, foi filmado e divulgado pelo próprio Deca em sua rede social. “Foi um assassinato filmado e praticado a sangue frio”, lamenta Natália. “Ele chegou a confessar ser o autor deste crime, mas foi algo informal, e logo depois negou. Porém, há muitos indícios que recaem sobre ele”, comenta.

O vídeo, que está sob posse da Polícia Civil, será periciado. Os técnicos farão um confronto com a voz do homem que aparece nas imagens, para investigar se é compatível com a de Deca. Além disso, também será analisado as tatuagens que têm no corpo do autor, que, aparentemente, coincidem com as do suspeito de praticar este crime.

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