Tribunal do Júri

Caso Aldeia: filho e viúva de médico vão a júri popular

A decisão da juíza Marília Falcone Gomes Lócio, da Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe, foi publicada na tarde desta segunda-feira (11)

JC Online
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Publicado em 12/02/2019 às 6:01
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A decisão da juíza Marília Falcone Gomes Lócio, da Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe, foi publicada na tarde desta segunda-feira (11) - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/Acervo JC Imagem
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Acusados de participar da morte do médico Denirson Paes da Silva, 54, o engenheiro Danilo Paes Rodrigues, 23 anos, e a farmacêutica Jussara Rodrigues Paes da Silva, 54, filho e viúva da vítima, vão a júri popular em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A decisão da juíza Marília Falcone Gomes Lócio, da Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe, pelo Tribunal do Júri, foi publicada na tarde desta segunda-feira (11). Ainda não há data de início para o julgamento.

Na pronúncia, a juíza manteve a liberdade provisória concedida a Danilo em 20 de dezembro do ano passado. “Não sobrevieram motivos para que fosse decretada novamente a prisão preventiva de Danilo, não constando que ele ofereça risco anormal à ordem pública, à ordem econômica, à aplicação da lei penal ou à instrução criminal”, diz trecho do texto. A prisão preventiva de Jussara, que está na Colônia Penal Feminina do Recife, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, continua mantida. “Em relação a Jussara, subsistem os motivos pelos quais foi decretada a sua prisão, com o fato adicional de ela ter enviado carta a pelo menos duas testemunhas, o que as intimidou”, disse a juíza.

O crime

O cardiologista desapareceu no dia 31 de maio de 2018. Os primeiros pedaços do corpo esquartejado foram encontrados no dia 4 de julho, em uma cacimba localizada na área externa da casa da família, em um condomínio na Estrada de Aldeia, em Camaragibe. As buscas foram encerradas nove dias depois. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por não aceitarem o término do relacionamento entre Denirson e Jussara, bem como por interesse patrimonial, os réus mataram a vítima por esganadura, sem que o médico jamais esperasse tamanha agressão.

Segundo o inquérito policial, Denirson foi esganado ainda na cama e carregado do quarto até um corredor próximo a um quiosque, onde foram dadas pancadas que afundaram o seu crânio. Apesar da perícia confirmar que Jussara não teria como cometer o homicídio seguido de esquartejamento sozinha, a viúva assumiu o crime, dizendo que o filho não teve participação. Para a juíza da comarca de Camaragibe, há indícios suficientes de autoria que recaem sobre os dois acusados.

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