RECIFE

Militar e universitário são presos suspeitos de tráfico de drogas

Na casa do militar foram encontradas diversas drogas que seriam vendidas em festas de música eletrônica

JC Online
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Publicado em 12/07/2019 às 14:13
Foto: Divulgação/PCPE
Na casa do militar foram encontradas diversas drogas que seriam vendidas em festas de música eletrônica - FOTO: Foto: Divulgação/PCPE
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Um cabo do Exército foi preso suspeito de ser fornecedor de drogas para uma quadrilha responsável por tráfico de drogas em bairros do Recife. De acordo com a Polícia Civil, os entorpecentes vinham de outros estados pelos Correios e a negociação era feita pelas redes sociais. Além do militar, outros dois homens foram presos, um deles é estudante universitário. As prisões aconteceram na última terça-feira (9), mas os detalhes só foram divulgados nesta sexta-feira (12).

O cabo do exército Henrique Pacheco de Oliveira, de 26 anos, o estudante Marcelo André Gomes Campos, 19, e Dayvid Vitor de Oliveira França, 21, sem profissão definida foram presos por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Após audiência de custódia, a Justiça determinou a prisão preventiva do trio.

Investigações

As investigações que fizeram os policiais chegar aos suspeitos começaram na última segunda-feira (8), após policiais da 12° circunscrição policial receberem denúncias sobre uma entrega de comprimidos de ecstasy. A droga seria entregue em um posto de combustíveis, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, por um grupo que sairia do Sancho, Zona Oeste.

Depois receber a informação que a droga chegaria em um carro preto do modelo Onix, a polícia passou a monitorar o grupo. Apesar disso, não conseguiu realizar a prisão dos suspeitos porque a droga acabou não sendo entregue na ocasião.

Na terça-feira (9), outra entrega estava prevista. Essa, no entanto, ocorreria no Terminal Integrado da Macaxeira, também na Zona Norte da cidade. Assim como após o recebimento da primeira denúncia, os policiais ficaram de campana.

Os suspeitos chegaram ao local por volta das 15h e estacionaram o veículo em um terreno aproximadamente a 500 metros do terminal até que uma pessoa seguiu na direção do veículo, dando a impressão que naquele momento ocorreria a tráfico. Ao notar a movimentação, os policiais se aproximaram do veículo. Neste momento, os suspeitos aceleraram o carro, mas os agentes conseguiram impedir a fuga deles.

No carro estavam os dois homens e uma mulher, entre eles um motorista de aplicativo. Após busca no interior do veículo, o efetivo encontrou um saco contendo um pó branco, com características semelhantes às da cocaína em posse de Dayvid Vitor.

Durante seu depoimento, Dayvid disse que o material apreendido se tratava de remédio para dor triturado. O suspeito ainda falou que esperava, com isso, ganhar dinheiro de maneira fácil, enganando o comprador da suposta droga e que não seria a primeira vez que aplicava o "golpe". No entanto, após ser examinado no Instituto de Criminalística, ficou constatado que o conteúdo do saco era cocaína.

Mais tarde, na noite da terça (9), a polícia conseguiu impedir uma segunda entrega de droga pelo mesmo grupo, no bairro do Derby, área central do Recife. Desta vez, o estudante universitário Marcelo André Gomes Campos foi detido quando tentava vender cerca de três gramas de MD, por cerca de R$ 150,00 o grama.

Drogas na casa de militar

Com a detenção do estudante, foi possível chegar ao fornecedor do grupo, o cabo Henrique Pacheco, em cuja casa, no bairro de Casa Amarela, foram encontradas 1.700 pontos de LSD, 1.000 comprimidos de ecstasy e aproximadamente 50 gramas de MD. Além disso, uma pequena quantidade de haxixe, um tipo de maconha altamente concentrada, também foi apreendida. A polícia estima que as drogas tenham valor superior a R$ 105 mil e que seriam vendidas em festas de música eletrônica, as raves, frequentadas por pessoas das mais altas classes sociais.

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