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Suspeito de matar ex-mulher em acidente de carro terá novo julgamento para voltar à prisão

O homem estava solto desde o dia 17 de maio deste ano

JC Online
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Publicado em 29/07/2019 às 17:50
Foto: Reprodução/ TV Jornal
O homem estava solto desde o dia 17 de maio deste ano - FOTO: Foto: Reprodução/ TV Jornal
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Está marcado para o dia 6 de agosto o julgamento para decidir se Guilherme José de Lira Santos, suspeito de jogar o carro contra árvore e matar a ex-mulher no dia 4 de novembro de 2018, na Rua João Fernandes de Vieira, área central do Recife, volta para a prisão. O julgamento será no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

A família recebeu a notícia na sexta-feira (26). "Nós ficamos extremamente felizes (com a notícia do julgamento). Já vínhamos esperando que acontecesse e até estranhando porque estava demorando", contou o tio da vítima, Marcílio Araújo. "A gente espera que a justiça seja feita e ele volte para a prisão", completou.

O julgamento estava previsto para esta terça-feira (30), mas foi adiado por decisão do desembargador Fausto de Castro Campos, após pedido da defesa do suspeito.

Suspeito solto

Guilherme José de Lira Santos foi solto no dia 17 de maio após ter a prisão revogada por decisão da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. Ele estava preso desde o dia 17 de novembro de 2018 no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Em um trecho da decisão, o juiz responsável pela revogação da prisão preventiva de Guilherme diz que levou em consideração alguns fatos, como o fato de o suspeito ser réu primário e possuir emprego fixo. "... Analisando os fundamentos utilizados para justificativa a medida, expostos pelo Juízo que inicialmente recebeu este processo, confrontando-os com a argumentação apresentada pela defesa, quais sejam, a primariedade do acusado, o fato de possuir emprego e residência fixos, e de não ser indivíduo que represente perigo para a paz social caso posto em liberdade; somando-se a tudo isso, o quase encerramento da instrução processual, a medida cautelar da prisão preventiva perdeu correspondência com o fundamento legal utilizado para sua justificação", argumenta.

No dia em que foi solto, familiares e amigos de Patrícia Cristina Araújo Wanderley lamentaram a decisão da Justiça. "Foi um choque e uma surpresa enorme. Nós não esperávamos por isso porque o mesmo juiz já havia apreciado o relatório do Ministério Público e tinha dito que a prisão estava completamente correta", disse o tio à época.

Medidas cautelares

Ainda na decisão de revogar a prisão preventiva, o juiz determinou o cumprimento de três medidas cautelares. Saiba quais foram:

a) Comparecimento mensal a este juízo para assinatura do termo de compromisso e informar suas atividades, comparecendo em até 24 horas após sua soltura a esta Vara para assinar o termo de compromisso e declinar endereço atual, onde receberá demais intimação;

b) Proibição de se ausentar desta região Metropolitana do Recife, por mais de 15 dias, sem antes obter autorização deste Juízo e informar seu destino;

c) O comparecimento a todos os atos processuais que for intimado.

*dados divulgados pelo TJPE

Relembre o crime 

Patrícia Cristina Araújo Wanderley, de 46 anos, morreu após o carro em que estava com o ex-marido colidir contra uma árvore na Rua João Fernandes Vieira, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, no dia 4 de novembro de 2018. O condutor do veículo era o ex-marido da vítima, Guilherme José de Lira Santos.

O homem foi preso sob a suspeita de ter jogado o carro intencionalmente contra a árvore, ocasionando assim, a morte da vítima. No dia 17 de novembro, ele foi preso e passou a responder por feminicídio.

Segundo a Polícia Civil, a vítima estava na casa dos pais para buscar os filhos do casal quando, após ser pressionada pelos filhos, decidiu conversar com o ex-marido. Ao entrar no carro, Guilherme saiu com o veículo. A vítima estava sem cinto de segurança no momento da colisão.

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