O presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou em seu Twitter dizendo que foi apresentado à pesquisa do médico pernambucano Marcelo Borges sobre o uso da pele de tilápia - uma espécie de peixe - no tratamento de queimaduras. A apresentação da pesquisa aconteceu nessa quinta-feira (9) no Palácio do Planalto.
"Segundo o @minsaude , cerca de um milhão de queimados são atendidos nas redes hospitalares do país. O uso da pele da tilápia como substituto temporário para a pele humana no tratamento de queimaduras é o tema de uma pesquisa de um médico brasileiro que nos foi apresentado", escreveu Bolsonaro nesta sexta-feira (10). Na postagem mostra também uma reportagem da TV Brasil com o pesquisador.
Segundo o @minsaude , cerca de um milhão de queimados são atendidos nas redes hospitalares do país. O uso da pele da tilápia como substituto temporário para a pele humana no tratamento de queimaduras é o tema de uma pesquisa de um médico brasileiro que nos foi apresentado. pic.twitter.com/4x5uaMbz6P
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 10 de maio de 2019
O tratamento com a pele da tilápia já havia sido tema de uma outra postagem do presidente em seu Twitter. No dia 26 de fevereiro, Bolsonaro disse que "mais de um milhão de pessoas sofrem queimaduras por ano no Brasil e somente andanças revelam conhecimento e possíveis ajudas no tratamento de lesões. A pele da tilápia tem se revelado excelente neste tratamento".
Mais de um milhão de pessoas sofrem queimaduras por ano no Brasil e somente andanças revelam conhecimento e possíveis ajudas no tratamento de lesões. A pele da tilápia tem se revelado excelente neste tratamento.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 26 de fevereiro de 2019
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Pesquisa
O cirurgião plástico Marcelo Borges realizou a pesquisa com 30 pacientes, com idades de 15 a 60 anos, atendidos no Hospital São Marcos, no bairro do Paissandu, área central do Recife. Segundo explicou Borges, a pele da tilápia passa por um processo de esterilização com clorexidina (antisséptico), com o glicerol (álcool em altas concentrações), e sendo complementado com radiação ionizante. Após esse processo, de acordo com o médico, a pele fica desidratada e está pronta para ser aplicado sobre as queimaduras.
O pesquisador explicou também sobre como a pele da tilápia consegue aderir ao ferimento. "A pele fica desidratada e aplicada sobre uma ferida, no caso a queimadura, que ela tenha característica de ser úmida. Então essa combinação de pele seca com ferida úmida, por capilaridade, essa umidade que vem da ferida repenetre a pele da tilápia e faça com que ela fique aderida ao leito da ferida", disse.