Saúde

Pernambuco registra 284 casos de leptospirose; confira cuidados

Para se proteger, deve-se evitar o contato com água ou lama de inundações. Além disso, não se deve permitir que crianças nadem ou brinquem nesses locais, que podem estar contaminados pela urina dos ratos

do Blog Casa Saudável
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Publicado em 17/06/2019 às 13:45
Foto: Cortesia
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Até o último dia 8 de junho, Pernambuco registrou 284 casos de leptospirose, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que relembra o risco da doença, principalmente neste período de chuvas e alagamentos. A leptospirose é uma doença transmitida aos seres humanos pela urina de animais portadores da bactéria leptospira, principalmente ratos. A contaminação ocorre por meio do contato com água suja ou lama infectada. Dos 35 casos confirmados em 2019, 51,4% foram notificados na faixa etária de 20 a 49 anos.

"Precisamos relembrar a população dos riscos do contato com água suja ou lama contaminada pela leptospira e a importância de lavar a área afetada. Os serviços de saúde também precisam ficar atentos para fazer o diagnóstico e o correto manejo do paciente, evitando o agravamento do quadro e até mesmo óbitos", pontua o gerente de Zoonoses da SES, Francisco Duarte.

No caso de contato com água contaminada, a indicação é lavar bem a área do corpo com água limpa e sabão. O hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) mata as leptospiras e deve ser usado para desinfetar reservatórios de água (um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água do reservatório), locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada (um copo de água sanitária em um balde de 20 litros de água). Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas.

A doença é caracterizada por febre, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas pernas, na área das panturrilhas – batata da perna). Os sintomas podem aparecer até 30 dias após o contato com a água ou lama. Também podem ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas graves, pode aparecer icterícia (pele olhos amarelos), sangramento e alterações urinárias.

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Rua Barão de Amaji, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, amanheceu completamente alagada - Foto: Cortesia
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Ponto de alagamento na BR-101, nas imediações do IFPE - Foto: Cortesia
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Alagamento também é registrado na Avenida Sul, embaixo do viaduto - Foto: Cortesia
Foto: Monitoramento/CTTU
Avenida Mascarenhas de Moraes registrou alagamentos em vários trechos da via - Foto: Monitoramento/CTTU
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Avenida Capitão Gregório de Caldas, em Areias, com grande ponto de alagamento - Foto: Cortesia

Orientações

O Ministério da Saúde orienta que pessoas que apresentarem febre, dor de cabeça e dores no corpo até 40 dias depois de ter entrado em contato com as águas da enchente ou do esgoto, devem procurar uma unidade de saúde. Confira ainda alguns cuidados para se prevenir da doença

- Evite o contato com água ou lama de enchentes ou esgotos. Não permita que crianças nadem ou brinquem nesses locais, que podem estar contaminados pela urina dos ratos

- Após as águas baixarem, será necessário retirar a lama e desinfetar o local (sempre se protegendo)

- Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas. Se isso não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés

- Após as águas baixarem, será necessário retirar a lama e desinfetar o local (sempre se protegendo). Deve-se lavar pisos, paredes e bancadas, desinfetando com água sanitária, na proporção de duas xícaras das de chá (400ml) desse produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos

- Deve-se ter cuidado com os alimentos que tiveram contato com água de enchente. Alguns devem ser jogados fora, e outros precisam de tratamento especial nessas situações

- É importante limpar e desinfetar a caixa d’água

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