A Secretaria Estadual de Saúde confirmou, nesta quinta-feira (15), quatro primeiros casos de sarampo em Pernambuco neste ano. São dois no Recife e dois em Caruaru. As ocorrências estão relacionadas a três viajantes que participaram de uma excursão para Porto Seguro, na Bahia, entre o final de junho e início de julho.
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Além dos quatro casos, existem mais cinco que estão sendo investigados pelo laboratório de referência nacional para a doença. Todos estão ligados a um paciente, de São Paulo, que apresentou resultado positivo da doença e era monitor da viagem que contou com a participação de 182 pernambucanos.
O que diz a Secretaria de Saúde?
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que, em parceria com a vigilância epidemiológica dos municípios viajantes e das I e IV Gerências Regionais de Saúde (Geres), realizaram busca ativa dessa população e dos possíveis contatos para verificar se há outros suspeitos e para aplicar a vacina tríplice viral, a fim de realizar o bloqueio da doença.
Nos últimos dias, 24 ações foram executadas e mais de 1,2 mil doses da vacina foram aplicadas. Este bloqueio deve ser feito de forma seletiva e a tríplice viral é administrada conforme a situação de cada contato, na faixa etária de 6 meses a 49 anos. ''A SES-PE reforça que todas as ações de prevenção e controle foram realizadas a partir da notificação dos casos, independente do resultado laboratorial, e que o órgão continua vigilante para a situação'', dizia a nota.
O secretário estadual de Saúde, André Longo, afirma que a Vigilância Epidemiológica do Estado, junto com a dos municípios, estão empenhadas na investigação dos casos da doença em Pernambuco. Todas as ações para prestar as devidas assistências aos públicos e aos contatos foram tomadas.
''Com essas confirmações de casos de sarampo, precisamos chamar mais uma vez a atenção da população para a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada. A primeira dose da vacina contra o sarampo, que ainda protege contra rubéola e caxumba, deve ser tomada aos 12 meses. A tríplice viral ainda pode ser administrada para o público até os 49 anos. Quem está com alguma dose em falta ou não sabe se completou o esquema, além de não ter tido a doença, é importante ir a um posto de saúde para regularizar a situação. Na dúvida, vacine. Esse é o recado e a forma mais rápida e segura de proteger nossa sociedade'', disse o secretário em nota enviada à redação.
Saiba como se prevenir
A forma mais eficaz de se prevenir é com a vacinação. Com 1 ano, a criança recebe primeira dose da vacina tríplice viral e volta a receber a vacina com 1 ano e 3 meses. A pessoa adulta que não lembra se tomou, deve ir até um posto de saúde.
Até os 29 anos, são duas doses da vacina com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. Indivíduos de 30 a 50, apenas uma dose, e pessoas com mais de 50 anos devem ser avaliadas por um médico antes de receber a vacina.