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Pernambuco tem aumento de 161% nos casos suspeitos de dengue, zika e chicungunha em 2019

Entre os casos notificados, a maioria foi de dengue, totalizando 61.451

JC Online
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Publicado em 06/01/2020 às 13:08
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Entre os casos notificados, a maioria foi de dengue, totalizando 61.451 - FOTO: Foto: Arquivo/JC Imagem
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Pernambuco registrou, entre 30 de dezembro de 2018 e 28 de dezembro de 2019, 73.745 casos suspeitos de arboviroses. Isso equivale a um aumento de 161% nas notificações de doenças como dengue, zika e chicungunha. Em 2018, foram 28.257 casos suspeitos registrados. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (06) pela Secretaria Estadual de Saúde.

Entre os casos notificados, a maioria foi de dengue, totalizando 61.451 (163% de aumento). Outros 8.467 (145% de aumento) foram de casos suspeitos de chicungunha e 3.827 de zika (153% de aumento).

O número de pessoas que morreram pelas arboviroses chegou a 13 confirmados - dos 127 notificados, 65 foram descartados. Foram 12 por dengue e um por chikungunya. Em 2018 foram notificados 80 óbitos suspeitos.

A Secretaria de Saúde ressalta que o diagnóstico positivo de óbito por arboviroses não necessariamente confirma a arbovirose como causa da morte. Para descarte ou confirmação é necessário uma investigação domiciliar e hospitalar minuciosa, além de da discussão de cada caso no Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue outras Arboviroses.

Dengue

O casos suspeitos de Dengue tiveram um aumento de 163,7% durante o ano e 2019 quando comparados ao ano de 2018 - foram 23.298 casos.

Dos 61.451 casos notificados por 184 municípios mais a Ilha de Fernando de Noronha, 20.448 foram confirmados e 23.307 descartados.

Zika

Pernambuco teve notificações de casos de Zika em 133 municípios. Foram 3.827 casos notificados, 2.657 descartados e 108 confirmados.

Um aumento de 153,6% nas notificações durante 2019 em comparação a 2018.

Chikungunya

Os números de casos de Chikungunya também aumentaram, ainda que em menor quantidade se comparados aos de Dengue e Zika.

Em relação ao ano de 2018, o aumento foi de 145,4% - 8.467 casos notificados, 990 confirmados e 5.432 descartados por 150 municípios.

Índice de Infestação Predial

A análise da quantidade de imóveis com a presença de Aedes aegypti, que resulta no Índice de Infestação Predial, apontou 34 municípios em Pernambuco em situação de risco de surto, 91 em situação de alerta e 59 em situação satisfatória.

Febre amarela

Pernambuco não é uma área com recomendação de vacinação para febre amarela. A SES, porém, iniciou, em fevereiro de 2018, a vigilância sentinela de macacos para averiguar possíveis causas para mortes de primatas, que podem ser por doenças como raiva, febre amarela ou outras zoonoses.

Esta é uma das estratégias para detecção precoce do vírus da febre amarela, já que os macacos doentes funcionam como sentinelas para a vigilância dessa doença em humanos - o mosquito pode se infectar com o animal e, em seguida, repassar para os humanos. Pernambuco não registra circulação de febre amarela desde a década de 1930.

Em 2018, foram notificadas 77 ocorrências envolvendo 93 primatas não humanos (macacos). Esses animais foram encontrados mortos e notificados aos órgãos ambientais e de vigilância (municipais e estaduais). Até o momento, nenhum caso humano ou animal foi diagnosticado com febre amarela. Neste ano, foram notificadas 25 ocorrências envolvendo 37 primatas.

Em Pernambuco, apenas devem ser vacinadas as pessoas que comprovadamente se deslocarão para as áreas de risco e/ou com recomendação de vacinação.

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