CINEMA BRASILEIRO

Filme 'Aquarius', de Kleber Mendonça Filho, disputará a Palma de Ouro em Cannes

O filme marca o retorno do Brasil à mostra competitiva de Cannes

Do JC Online
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Publicado em 14/04/2016 às 7:55
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O filme marca o retorno do Brasil à mostra competitiva de Cannes - FOTO: Foto: Divulgação
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O filme brasileiro "Aquarius", do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho e com Sonia Braga como protagonista, foi selecionado para a mostra oficial do Festival de Cannes e disputará a Palma de Ouro, anunciou a organização do evento nesta quinta-feira.

O filme marca o retorno do Brasil à mostra competitiva de Cannes após vários anos de ausência. "Aquarius" conta a história de uma viúva que vive cercada de discos e livros e que tem o poder de viajar no tempo.

SINOPSE

Clara, 65 anos, é uma escritora e crítica de música aposentada. Ela é viúva, mãe de três filhos adultos, e moradora de um apartamento repleto de livros e discos no Bairro deBoa Viagem, num edifício chamado Aquarius. Clara tem também o dom de viajar no tempo, um super poder que poucas pessoas no mundo são capazes de desenvolver.

SOBRE SONIA BRAGA

A atriz Sonia Braga é um ícone do Cinema. Teve seu primeiro sucesso internacional com Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, 1976), que vendeu mais de 11 milhões de ingressos no país, um recorde histórico. Sucessos equivalentes na televisão com as novelas Gabriela (1975) e Dancing’ Days (1978) confirmaram sua popularidade fenomenal, seguida de outros sucessos de bilheteria com seu nome no topo das marquises dos cinemas em A Dama do Lotação (Neville D’Almeida, 1978) e Eu Te Amo (Arnaldo Jabor, 1981). Teve participação marcante no vencedor do Oscar O Beijo da Mulher Aranha (1984, Hector Babenco) e participou de filmes em Hollywood como Luar Sobre Parador (Moon Over Parador, 1988, de Paul Mazursky) e Rebelião em Milagro (The Millagro Beanfield War, de Robert Redford, 1988). Sonia Braga foi indicada para três Globos de Ouro e um prêmio Emmy. Seus trabalhos mais recentes na televisão incluem Sex and the City, Alias e American Family. Moradora de Nova York há 25 anos, a estatura de Sonia Braga como A Estrela Brasileira de Cinema por excelência permanece intacta como um nome e uma presença na tela que são inconfundíveis.

SOBRE KLEBER MENDONÇA FILHO - DIRETOR E ROTEIRISTA

Kleber Mendonça Filho nasceu no Recife, em 1968. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, tem um trabalho abrangente como crítico e responsável pelo setor de cinema da Fundação Joaquim Nabuco. Escreveu para o Jornal do Commercio, no Recife, seu site CinemaScópio, Revistas Continente, Cinética e o jornal Folha de S. Paulo. É também diretor artístico do Janela Internacional de Cinema do Recife, que teve sua 8ª edição em novembro 2015. Como realizador, migrou do vídeo nos anos 90, quando experimentou com ficção, documentário e videoclipes para o digital e o 35mm na década de 2000, realizando A Menina do Algodão (co-dirigido por Daniel Bandeira, 2003), Vinil Verde (2004), Eletrodoméstica (2005), Noite de Sexta Manhã de Sábado (2006), Crítico (2008) e Recife Frio (2009). Seu último curta metragem é A Copa do Mundo no Recife (2015). Seus filmes receberam mais de 120 prêmios no Brasil e no exterior, com seleções em festivais como Brasília, Tiradentes, Festival do Rio, Gramado, Karlovy-Vary, Clermont-Ferrand, Hamburgo, BAFICI, Indie Lisboa e Cannes (Quinzena dos Realizadores). Os festivais de Santa Maria da Feira, Toulouse e Roterdã já apresentaram retrospectivas dos seus filmes. Sua primeira experiência no longa metragem é o documentário Crítico, realizado ao longo de oito anos. O Som ao Redor foi seu primeiro longa-metragem de ficção, exibido em mais de 100 festivais internacionais, lançado comercialmente em 14 países, o representante brasileiro no Oscar 2014 e considerado “Um dos 10 Melhores Filmes do ano” pelo jornal The New York Times.

Filmografia selecionada

Enjaulado (1997, Betacam, 33’) 

A Menina do Algodão (2003, Mini DV / 35mm, 6’) 

Vinil Verde (2004, stills / 35mm, 16’) 

Eletrodoméstica (2005, 35mm, 22’) 

Noite de Sexta, Manhã de Sábado (2006, Mini DV / 35mm, 14’) 

Crítico (2008, Mini DV / 35mm, documentary, 75’) 

Luz Industrial Mágica (2009, HD, 10’)

Recife Frio (2010, HD / 35mm, 25’)

O Som ao Redor (35mm, 131’)

A Copa do Mundo no Recife (HD, 14’)

EMILIE LESCLAUX - PRODUTORA

Emilie Lesclaux nasceu na França e mora no Recife, Brasil, desde 2002. Formada em ciências políticas, trabalhou na área de cooperação cultural e audiovisual no Consulado Geral da França para o Nordeste do Brasil de 2003 a 2005. Desde 2005, é sócia da produtora CinemaScópio, onde produziu os premiados curta-metragens Eletrodoméstica, o longa Crítico (2007, também montadora), Recife Frio (2009, também montadora), O Som ao Redor (2012) e A Copa do Mundo no Recife (2015), todos de Kleber Mendonça Filho, e Permanência, de Leonardo Lacca; Supervisionou como produção executiva os curtas Ocidente e Confessionário de Leonardo Sette (2008-2009); e Sem Coração, de Nara Normande e Tião, o curta brasileiro mais premiado de 2014. É produtora e co-diretora do festival Janela Internacional de Cinema do Recife desde 2008.

CINEMASCÓPIO

A Cinemascópio é uma produtora independente, criada inicialmente para produzir os filmes de Kleber Mendonça Filho. Trabalha exclusivamente com cinema. Seus curtas e longas ganharam mais de 140 prêmios em festivais no Brasil e no exterior. Nos últimos anos, vem se destacando como uma das principais produtoras audiovisuais do Recife, produzindo também o Janela Internacional de Cinema do Recife, e co-produzindo filmes de jovens talentos como Leonardo Sette (Ocidente, Confessionário), Tião (Muro – premiado na Quinzena dos Realizadores), Juliano Dornelles (Mens Sana in Corpore Sano, premiado no Festival de Locarno em 2011), Daniel Bandeira (Amigos de Risco, 2007) e Leonardo Lacca (Permanência, em desenvolvimento). Os próximos filmes da Cinemascópio são Aquarius, O Ateliê da Rua do Brum, de Juliano Dornelles, e Bacurau, co-dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.

 

A seguir a lista dos 20 filmes que disputarão a Palma de Ouro da 69ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá de 11 a 22 de maio:

- "Toni Erdmann" de Maren Ade (Alemanha)

- "Julieta" de Pedro Almodóvar (Espanha)

- "American Honey" de Andrea Arnold (Reino Unido)

- "La fille inconnue" de Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica)

- "Personal Shopper" de Olivier Assayas (França)

- "Juste la fin du monde" de Xavier Dolan (Canadá)

- "Paterson" de Jim Jarmusch (EUA)

- "Rester vertical" de Alain Guiraudie (França)

- "Aquarius" de Kleber Mendonça Filho (Brasil) 

- "Mal de pierres" de Nicole Garcia (França)

- "I, Daniel Blake" de Ken Loach (Reino Unido) 

- "Ma' Rosa" de Brillante Mendoza (Filipinas)

- "Bacalaureat" de Cristian Mungiu (Romênia)

- "Loving" de Jeff Nichols (EUA)

- "Agassi" de Park Chan-Wook (Coreia do Sul)

- "The Last Face" de Sean Penn (EUA)

- "Sieranevada" de Cristi Puiu (Romênia)

- "Elle" de Paul Verhoeven (Holanda)

- "The Neon Demon" de Nicolas Winding Refn (Dinamarca)

- "Ma loute" de Bruno Dumont (França)

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