Festival de Cannes

Woody Allen leva comédia nostálgica ao Festival de Cannes

No filme de abertura de Cannes, Woody Allen leva Kristen Stewart e Jesse Eisenberg a um elegante e nostálgico romance na Hollywood e Nova York dos anos 1930

Sophie Laubie
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Sophie Laubie
Publicado em 11/05/2016 às 11:54
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No filme de abertura de Cannes, Woody Allen leva Kristen Stewart e Jesse Eisenberg a um elegante e nostálgico romance na Hollywood e Nova York dos anos 1930 - FOTO: AFP
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CANNES, França - Em Café Society, filme de abertura do Festival de Cannes que terá distribuição da Amazon em julho, o diretor Woody Allen leva os protagonistas Kristen Stewart e Jesse Eisenberg a um elegante e nostálgico romance na Hollywood e Nova York dos anos 1930. 

Estrelas do cinema, criminosos, jogadores, mulheres ambiciosas e milionárias aparecem nesta verdadeira viagem no tempo que permite a Woody Allen transformar Kristen Stewart em uma de suas heroínas. A atriz americana é uma das musas de Cannes em 2016, pois também está presente em um dos filmes que disputa a Palma de Ouro, Personal Shopper, do francês Olivier Assayas. 

A tragicomédia também marca o reencontro de Allen, vencedor de quatro Oscar, com Jesse Eisenberg, que já havia trabalhado com o diretor em Para Roma com Amor, de 2012. 

O ator americano interpreta um alter ego do cineasta, Bobby Dorfman, um jovem ingênuo que cansa de Nova York, onde trabalha na joalheria dos pais. 

Bobby sonha com o glamour e a boa vida. Então decide viajar até Hollywood, onde seu tio Phil (Steve Carell), poderoso agente de estrelas, o contrata como garoto de recados. Na cidade nova, ele se apaixona por Vonnie (Kristen Stewart), ambiciosa ajudante do tio.

Rejeitado, ele retorna a Nova York, onde observa a efervescência dos locais da moda frequentados pela chamada Café Society, um movimento de artistas, famosos e grandes mecenas, mas sem esquecer a amada.

Woody Allen não aparece no filme, mas é o narrador da história que se passa nos dois lados dos Estados Unidos. “A partir do momento em que escrevi a história era como se estivesse lendo meu próprio romance”, afirmou Allen em uma entrevista divulgada à imprensa em Cannes. 

Ele explicou que imaginou o filme “como um romance” e um “relato coral que não se prende a apenas um personagem”.  “A história de amor de Bobby é o fio condutor do filme, mas os outros personagens dão o tom do relato”. 

Ao retornar aos filmes de época, ambientado entre as duas guerras mundiais  que já renderam obras como de A Rosa Púrpura do Cairo a Da Magia ao Luar, o cineasta de 80 anos volta a um período que sempre provocou fascínio. 

Com o retrato de uma época e sua homenagem a Hollywood e Nova York – em grande parte idealizadas – o filme também conta uma história de amor repleta de nostalgia. 

Os personagens se questionam sobre suas decisões e sonham com a vida que teriam no caso de ideias diferentes. “Dá vertigem, porque é como acontece na vida: você sempre pergunta se tomou as decisões corretas”, disse Kristen Stewart. 

Woody Allen abre pela terceira vez o Festival de Cannes, depois de Dirigindo no Escuro em 2002 e Meia-Noite em Paris em 2011. 

O americano já esteve 14 vezes na mostra oficial de Cannes, mas sempre fora de competição, de Manhattan em 1979 até o ano passado com O Homem Irracional. 

 

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