O Ministério da Educação e Cultura, capitaneado por Mendonça Filho (DEM-PE), negou os rumores que sugeriam a possibilidade de o cineasta Kleber Mendonça Filho ser exonerado do seu cargo na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O ministro afirmou que respeitava a posição do diretor como cidadão e que ele não virou inimigo pessoal ou da pasta por conta de suas atitudes políticas.
De acordo com a assessoria do ministro, as questões relacionadas à Fundaj não estavam sendo discutidas já que ainda não foi definido quem irá presidir a instituição após a saída de Paulo Rubem. Na Fundação, Kleber atua como coordenador de Cinema. O cargo é comissionado. Em apoio ao cineasta, o setor do cinema defendeu o trabalho de Kleber Mendonça Filho na Fundaj.
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A polêmica, que se iniciou após o cineasta e parte de sua equipe levantarem, em Cannes, cartazes contra o impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, pouco depois da exibição do elogiado Aquarius. A ação gerou controvérsia e, ao mesmo tempo em que teve apoio, congregou várias críticas ao pernambucano, motivando até um pedido de boicote ao longa.
Ainda no Festival de Cannes, Kleber afirmou não ter sido comunicado oficialmente sobre as especulações a respeito do seu futuro na Fundaj. "A cidade do Recife inteira conhece o meu trabalho. Por sorte minha, os meus filmes também são conhecidos no Brasil e no mundo inteiro. Eles são um exemplo de investimento de dinheiro público e de resultado na tela e na cultura. Então, é um trabalho, por sorte minha, que tem como ser julgado pelo próprio público por sua existência e qualidade", afirmou.