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Pernambuco irá ganhar a primeira Cinemateca pública do Estado

Com investimentos e apoio do MEC, a Cinemateca Pernambucana abrirá ao público no início do próximo ano.

JC Online
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Publicado em 30/10/2017 às 10:49
Foto: Janine Moraes /Ascom MinC
Com investimentos e apoio do MEC, a Cinemateca Pernambucana abrirá ao público no início do próximo ano. - FOTO: Foto: Janine Moraes /Ascom MinC
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Pernambuco vai ganhar a primeira Cinemateca pública do Estado. A iniciativa é do Ministério da Educação (MEC), em parceria com a TV Escola, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Com investimento em ordem de R$ 1 milhão, a Cinemateca Pernambucana será uma nova unidade da Coordenadoria do Cinema da Fundaj, da diretoria de Memória, Educação, Arte e Cultura (MECA). A previsão é de que a instalação esteja aberta ao público no início do próximo ano.

“Pernambuco é referência na produção cinematográfica desde o século passado, sendo protagonista de diversos movimentos como o Ciclo do Recife e o Super-8. Temos que preservar essa memória, aliada ao compromisso de fortalecer a cadeia produtiva do audiovisual em Pernambuco e ser um centro avançado de estudos e pesquisas no Nordeste contribuindo para a formação cultural de estudantes e professores”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho.

A parceria com a TV Escola garantirá a difusão em canal aberto de parte do acervo da Cinemateca Pernambucana. O presidente da Roquette Pinto, jornalista Fernando Veloso, vê o projeto como “um modelo inovador de descentralização da preservação e disponibilização da produção cultural e cinematográfica brasileira”. Ideia reforçada pelo diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte, Astrogildo Santos, que trabalha com o objetivo de ampliar o acesso da população aos importante acervos da Fundaj. “É nossa prioridade criar mecanismos que nos permitam levar nosso rico acervo de cultura, arte e história para um fatia maior da comunidade. Como centro de produção, preservação e disponibilização de conhecimento, arte e cultura, a Fundaj tem papel estratégico na preservação do cinema e do audiovisual pernambucano e nordestino”, enfatiza.

A cinemateca será coordenada pela gestora do Cinema da Fundaj, jornalista e fotógrafa Ana Farache e pelo professor Paulo Cunha, da UFPE. Segundo Paulo, idealizador da cinemateca e também responsável pela implantação do Cinema da UFPE, desde os anos 1950 se discute a necessidade de um projeto que una preservação e exibição de filmes do acervo da produção pernambucana iniciada já na primeira década do século XX. “É importante ressaltar que a Cinemateca Pernambucana está sendo criada a partir do conceito de ´preservação ativa’, que pressupõe não apenas a guarda dos materiais mas, ainda, sua difusão”. Por isso, ressalta, é imprescindível a vinculação da cinemateca aos cinemas da Fundaj, da UFPE e a TV Escola e TV INES. Responsável pela implantação da Cinemateca Pernambucana, Ana Farache, sustenta o conceito como “uma forma ampla de coletar, preservar e, especialmente, difundir o que vem sendo produzido com tanta criatividade e força na área de cinema no Estado”.

Acervo Digital e Película

A Cinemateca Pernambucana vai iniciar as atividades com coleta e catalogação de filmes em matriz digital, e de itens associados às obras, como roteiros, cartazes, fichas de produção, entre outros. Uma parceria com a Cinemateca Brasileira, por meio da TV Escola, irá viabilizar, numa segunda fase do projeto, a guarda de filmes em película. Após passar pelo processo de digitalização, os filmes em película serão disponibilizados na versão digital no espaço da Fundaj. A parceria com a Cinemateca Nacional também proporcionará apoio técnico especializado na área de restauração, preservação e difusão.

Um acordo contratualmente estabelecido entre a cinemateca e detentores dos direitos autorais dos filmes, regerá as condições de guarda e/ou difusão das produções, caso a caso. A partir da inauguração do espaço, pesquisadores e estudantes já terão acesso presencial, na sede da Cinemateca, ou remoto pelo seu portal, na internet, ao acervo catalogado.

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