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Um Brasil na Fenearte

Minas Gerais, Paraná e Amazonas também têm um rico artesanato

Carol Botelho
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Carol Botelho
Publicado em 02/07/2015 às 11:05
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Minas Gerais, Paraná e Amazonas também têm um rico artesanato - FOTO: Foto: Divulgação
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Um dos mais poderosos celeiros brasileiros do artesanato é Minas Gerais. Mais precisamente no Vale do Jequitinhonha, as peças trazem uma identidade marcante e única impressa principalmente na cerâmica. Tanto é que quando você olha para algum objeto de lá, não esquece mais de suas características e consegue reconhecê-las mesmo quanto estão em outro lugar.

São belas peças utilitárias e decorativas de barro pintado. Região situada ao norte do Estado mineiro, o vale abriga um milhão de pessoas e é considerado uma das regiões mais pobres do Brasil, onde a agricultura é familiar e tecnologicamente atrasada. O artesanato, porém, é riquíssimo, e inclui as lindas bonecas namoradeiras como as maiores representantes.

Mas nem só de cerâmica vive o artesão mineiro. A diversidade de tipologias é grande e se expressa em peças de materiais dos mais nobres até os mais modestos. Herança da época barroca, não é raro se deparar com artefatos de ouro. Há ainda peças em porcelana, pedra sabão e cristal. Sem esquecer a palha, do couro e da tecelagem para criação de mobiliário, joias, instrumentos musicais e de lazer.

No município mineiro de Diamantina, o foco é a tapeçaria com ponto de arraiolo. Também conhecido como ponto de cruz, foi trazido pelos colonizadores portugueses da cidade de Arraiolo, onde as viúvas bordavam cenas da natureza. Já Tiradentes é a cidade perfeita para quem aprecia joias e objetos de prata. Por tudo isso, vale a pena dar uma passadinha bem demorada no estande dedicado às obras mineiras.

Ainda na região Sudeste, difícil falar do artesanato do Rio de Janeiro e de São Paulo. É que a produção de lá é muito plural. Depende muito dos imigrantes vindos de vários Estados do Brasil.

No Sul, salta aos olhos a riqueza do artesanato paranaense, influenciado por imigrantes alemães, poloneses, italianos e portugueses, além dos povos indígenas nativos. Enquanto estes últimos fazem uso de matéria-prima vegetal, como vime, palha de milho, cipó, cizal, bambu, taquara e junco, os europeus trouxeram técnicas de marchetaria, bordados, entalhe e tecelagem.

Chegando ao Norte, o grande destaque é a Amazônia, também influenciado pela cultura indígena, com suas retratações de flora e da fauna abundantes feitas em madeira. Por causa da diversidade de plantas, também é rica a produção de itens de perfumaria, como sabonetes e cremes.

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