Se é verdade que as salas de cinema podem ser chamadas de catedral, é porque estão ligadas a uma espécie de culto ou religião. Sendo assim, devemos acreditar também que, entre seus seguidores, há aqueles que são considerados seus sacerdotes. Então, quem, no mundo do cinema, representaria papel semelhante? Sem dúvida, o cineasta americano Martin Scorsese. Não há outra a resposta possível, principalmente se você visitar a Exposição Martin Scorsese, montada em dois andares da Cinemateca Alemã, em Berlim, aberta até 12 de maio deste ano.
Na terceira, os aspectos formais do cinema são apresentados sob a ótica perfeccionista de Scorsese, especialmente aqueles em que o diretor tem um gosto mais apurado, como também se manisfesta a relação que mantém com seus colaboradores. Assim, há todo um espaço dedicado à montadora Thelma Schoonmaker, ao diretores de fotografia Michael Ballhaus (A cor do dinheiro, A idade da inocência) e Robert Richardson (Cassino, As aventuras de Hugo), e ao músico Bernard Hermann, que compôs a trilha sonora de Taxi driver. A apoteose da exposição acontece numa grande sala, onde são apresentados trechos de filmes em quatro telas simultaneamente. Ao terminar, sentimo-nos quase cúmplices de um cineasta que ama o cinema sobre todas as coisas, ou seja, o sumo sacerdote da Sétima Arte.
O repórter viajou numa parceria com o Centro Cultural Brasil-Alemanha.
Leia a matéria completa na edição deste domingo (10/02) no Caderno C, do Jornal do Commercio.