PRECONCEITO

Funk e outros ritmos também foram trabalhados em Pernambuco

Não é de hoje que ritmos marginalizados são estudados nas universidade; jornalista pernambucano também escreveu sobre o funk de Valesca Popozuda

Diogo Guedes
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Diogo Guedes
Publicado em 25/04/2013 às 5:40
Ricardo B. Labastier/Divulgação
Não é de hoje que ritmos marginalizados são estudados nas universidade; jornalista pernambucano também escreveu sobre o funk de Valesca Popozuda - FOTO: Ricardo B. Labastier/Divulgação
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A polêmica em relação ao fuke ao projeto da mestranda  Mariana Gomes sobre o funk apareceu na semana passada. Em Pernambuco, na última segunda-feira (22/4), o jornalista Márcio Bastos coincidentemente defendeu nessa semana um Trabalho de Conclusão de Curso, na UFPE, com temática semelhante à de Mariana. O projeto Pussy is power: Ultrassexualização como uma forma de empoderamento, orientado pela professora Carolina Dantas, trata sobre a trajetória da rapper Lil’ Kim e de Valesca.“Eu achei incrível a polêmica, porque problematiza o assunto, o leva para a grande mídia e mostra um pouco do preconceito – da academia e de fora dela – em relação ao assunto”, conta o jornalista.

O jornalista e professor de Comunicação Thiago Soares lembra que a aceitação da cultura de massa e popular é uma discussão antiga. No final dos anos 1980, a tradicional Universidade de Sorbonne, na França, aprovou uma tese sobre Robocop. “Esse foi um dos primeiros momentos públicos de questionamento sobre a validade de certos assuntos como temas de estudos acadêmicos”, fala o pesquisador, que coordena o Grupo de Pesquisa em Mídia, Entretenimento e Cultura Pop – GruPop.

Quebrar as hierarquias entre “alta cultura” e “baixa cultura” não é raro nas academias hoje. O brega pernambucano já foi tema de documentários (Faço de mim o que quero) e dissertações como A estética do brega: Cultura de consumo e o corpo nas periferias do Recife, de Fernando Fontanella, professor da Unicap. O professor Felipe Trotta, que já foi do corpo da UFPE e hoje está na Universidade Federal Fluminense, já trabalhou comparando as diferenças e semelhanças do pagode romântico com o samba e do forró eletrônico com o forró tradicional.

Leia mais no Jornal do Commercio desta quinta (25/4).

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