De acordo com o jornal Extra, será lançado nesta semana o livro Onze mil horas - um fotógrafo em turnê com Cristiano Araújo, pela Editora Kélps. Escrito por Flaney Gonzallez, ele acaba revelando fatos inéditos e, entre eles, um desentendimento com o cantor Gusttavo Lima.
"Uma série de desencontros, conversas truncadas e alfinetadas levaram os dois a um bate-boca muito feio pelo celular. Desde então, praticamente se odiavam", escreveu o fotógrafo.
Flaney afirmou que a intenção de Cristiano era fazer as pazes com Gusttavo. "Ninguém sabe ao certo o que houve. Eram amigos e, de repente, não eram mais. Cristiano desconfiava que poderia ser coisa da equipe de um e de outro, afinal, eram concorrentes", diz Flaney numa espécie de biografia não autorizada: "Tive e tenho medo de parecer oportunista. Mas conversei com o seu João (pai de Cristiano). Não tinha por que não mostrar todo esse material", justificou.
Nas 400 páginas com textos e fotos, Flaney descreve um Cristiano divertido, mas de personalidade forte. "Ele era muito tímido, mas quando tinha algo que não gostava, falava duro", lembra ele. "Ele ficou uma fera quando a polícia americana finalizou um show dele numa cidade perto de Nova York. O som estava muito alto. A polícia chegou e acabou com tudo", revela na publicação.
Ficou chateado também quando sua equipe postou um texto errado sobre Wesley Safadão no Instagram. "Foi um erro num post feito pelo marketing, onde Cris posa ao lado do forrozeiro e a legenda dizia: 'Sempre bom rever você, meu amor!', ao invés de 'meu amigo'. Cristiano ficou bravíssimo", diz o autor: “Essa história está muito ligada às outras que contam o quanto ele não conseguia controlar a atenção extra que dava para os comentários negativos e as respostas que dava para pessoas que o alfinetavam”.
O livro também conta que Cristiano demitiu vários assessores de imprensa porque não conseguiram emplacá-lo no Domingão do Faustão. "Era o sonho dele. Voltar ao programa após ter participado do Garagem do Faustão. Cristiano queria mostrar sua evolução naquele palco. Morreu sem conseguir", conta Flaney. O sertanejo não sabia, mas uma apresentação era negociada para uma data um mês após a morte dele.
Flaney lembra bem do último dia em que viu Cristiano. "Foi um dia estranho. Ele estava triste. Cheguei e ele não me olhou no olho. Achei até que estava chateado. Saí meia hora antes dele. Não acredito que tenha sido premonição, nada disso. Poderia ser só cansaço. A última frase que trocamos foi 'Então, até amanhã, parceiro. O livro é minha forma de dizer, ‘obrigado, parceiro'", encerrou.
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