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Plutão Já Foi Planeta vem ao nosso encontro

A banda Potiguar, finalista do SuperStar, vem a Pernambuco para três apresentações

NATHÁLIA PEREIRA
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NATHÁLIA PEREIRA
Publicado em 28/07/2016 às 8:59
Foto: Mylena Sousa/Divulgação
A banda Potiguar, finalista do SuperStar, vem a Pernambuco para três apresentações - FOTO: Foto: Mylena Sousa/Divulgação
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A Plutão Já Foi Planeta conquistou o posto de vice campeã no SuperStar, o programa dominical da TV Globo que há três temporadas se propõe a impulsionar a carreira de um grupo musical. A segunda colocação da banda potiguar, no entanto, ficou só na formalidade da disputa televisiva. Representantes da pungente cena independente de Natal (RN), eles desembarcam esta semana em Pernambuco para continuar a trajetória de reconhecimento que vêm alcançando. Hoje, às 20h10, sobem ao palco pop do Festival de Inverno de Garanhuns. A partir das 22h de amanhã, será a vez do Circo 93, em Caruaru. No sábado, chegam à capital para se apresentar no Bar Estelita, às 17h.

A banda surgiu em 2013. Gustavo Arruda (voz, guitarra, baixo) e Sapulha Campos (voz, guitarra, ukulele, escaleta) já tocavam na noite, com a banda Beto Rockfeller. Foi da vontade de fazer fazer um trabalho autoral que veio a união a Vitória de Santi (baixo, synth), Khalil Oliveira (bateria) e Natália Noronha (voz, baixo, synth). A mistura de gostos e experiências resultou num indie pop bem arranjado, com letras sutis.

"Eu cresci na igreja evangélica, fui muito influenciada pela Soul Music e pelo R&B. Os meninos gostam bastante de música brasileira. O que se vê na Plutão é uma junção disso tudo captada de uma forma bem bacana", explica a vocalista Natália. É dela o papel de aparecer à frente. A voz doce e firme, porém, não faz dos parceiros apenas acompanhantes. Eles estão em sintonia.

Quando decidiu participar da atração global, o grupo já tinha carreira encaminhada, o primeiro disco lançado (Daqui Pra Lá, 2014) e um público íntimo, mas queriam expandir o alcance. Fizeram inscrição na edição de 2015 do SuperStar, mas a não aprovação adiou o objetivo por um ano. Em 2016, aconteceu exatamente como planejaram e o bom retorno veio desde a primeira aparição. “Nas redes sociais, ganhamos mais de cem mil seguidores desde então”, relembra Natália.

A escolha pelo repertório quase totalmente autoral durante a atração foi coerente à decisão de pôr a identidade  à frente de tudo que fazem, nos shows, inclusive. “Tínhamos consciência do risco de apostar no autoral num programa de entretenimento, mas estávamos lá pela nossa música. Foi pra isso que montamos banda", destaca ela. Nas três apresentações em Pernambuco, tocarão a íntegra do disco de estreia e algumas das canções que vão compor o próximo registro em estúdio.

ESTÚDIO

O próximo álbum, aliás, teve as gravações encerradas na última sexta-feira (22). Com produção de Gustavo Ruiz, responsável pelos bem recebidos três álbuns de estúdio da irmã, Tulipa, o disco terá dez faixas, ainda não foi batizado, mas fica pronto ainda este ano. Participam dele o pai de Natália, Ari Noronha, tocando harpa em Anna, a interpretação visceral de Liniker, recente revelação vinda do interior paulista, e Cris Botarelli, da conterrânea Far From Alaska. “É o trabalho que melhor sintetizou nosso som. Somos os mesmos, só que mais maduros”, afirma ela.

Entre as bandas da sua playlist, ela conta que indicaria para os fãs, além dos amigos da Far From Alaska, a Mahmed, também de Natal, a paulistana Supercombo, e o cantor e compositor capixaba Silva. Sobre o cenário para a música indie atual, ela analisa: “Pra dar certo é preciso cuidar da parte empresarial tão bem quanto a artística. A cena hoje é bem unida,  acho que por isso tem sido tão frutífera”.

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