Com o sucesso da abertura das Olimpíadas, muito se cogitava a respeito do encerramento do evento. Para alívio geral, o resultado apresentado no domingo (21) cumpriu com as expectativas, oferecendo um espetáculo visual e sonoro para a plateia. A cultura nordestina foi destaque e artistas locais, como a Orchestra Santa Massa, mostraram a pluralidade da região. Helder Aragão, o DJ Dolores, acredita que a oportunidade foi excelente para quebrar velhos preconceitos.
"No Brasil, o Nordeste é subvalorizado, assim como a mulher. É uma região que produz muito, que trabalha demais e, no fim do dia, nunca leva o crédito que merece. A região é o tempo todo desrespeitada, com piadas e representações estereotipadas. Oportunidades como essa, de mostrar nossa verdadeira cara, são muito importantes, conta.
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O convite para participar do evento surgiu há cerca de seis meses por parte do produtor Alê Siqueira. Mantido em sigilo, o projeto deveria ser, à princípio, apenas uma participação de Dolores como DJ, mas ele sugeriu incluir a Orchestra Santa Massa, projeto composto por ele, Isaar França, Fábio Trummer, Jam da Silva e Maciel Salú.
"Para mim, o grande ponto é destacar nossa cultura, como estamos fazendo desde os anos 1990. Nossa região é muito interessante estética e musicalmente. Não é bairrismo ou ufanismo, mas somos uma terra muito fértil", reforça.
De volta ao Recife nesta segunda-feira (22), os artista vão passar um tempo na capital pernambucana e seguem na segunda quinzena de setembro para os Emirados Árabes, onde fazem mini-turnê. A Orchestra está também preparando material inédito em comemoração aos 15 anos do coletivo.