Robbie Williams nunca esteve tão bem. O cantor e compositor inglês atende o telefonema da reportagem, direto de Barcelona, na Espanha, de maneira calma e tranquila. Dono de músicas chicletes e baladas românticas que marcaram os primeiros encontros amorosos de muitos casais apaixonados da década de 1990, o hitmaker britânico parece não se importar com o tempo da entrevista, que é de 15 minutos. "Olá, é o repórter brasileiro? Que prazer falar com você", diz. Conhecido por seu comportamento temperamental e, muitas vezes, inconstante, a versão 2016 de Robbie Williams é leve e serena. Reflexo, segundo ele, de seu mais novo disco, The Heavy Entertainment Show, lançado no início de novembro.
"Estou muito feliz em vários pontos da minha vida. Vivi momentos complicados, mas acho que o primeiro passo é pedir ajuda. Sozinho é impossível dar conta de toda a carga pesada do mundo", desabafa Williams, que nunca escondeu seus problemas com as drogas e, mais recentemente, se recuperou de uma depressão.
Depois de três anos sem lançar nada inédito, Robbie Williams, o rei das paradas de sucesso do Reino Unido, voltou recentemente ao topo. As 11 faixas de The Heavy Entertainment Show mostram um músico versátil e criativo, como há tempos não se via. Responsável por uma infinidade de hits, o trabalho expõe parcerias com Brandon Flowers, vocalista do The Killers, Ed Sheeran, John Grant, ex-integrante do grupo The Czars, Rufus Wainwright e Guy Chambers. Todos nomes de peso do mundo da música. "Eu me divirto fazendo isso. Para mim, portanto, nunca foi só trabalho. Conheço o Brandon Flowers e o Ed Sheeran há bastante tempo, são amigos. Tudo não passou de um grande toque de mágica", conclui.
Robbie Williams já teve 11 discos no topo das paradas do Reino Unido, número que apenas Elvis Presley havia obtido até então como músico solo. Apesar do sucesso absurdo em seu país de origem, a carreira de Robbie Williams não foi tão bem-sucedida nos Estados Unidos. "Não me sinto frustrado em relação a isso, não. Até porque sou extremamente grato às coisas que conquistei tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos. É incrível olhar para minha trajetória. Não me considero um hitmaker. Para ser sincero, não gosto muito deste termo, inclusive."
Casado há 6 anos com a atriz norte-americana Ayda Field e pai de Theodora, de 4 anos, e Charlton, de 2, o sex symbol não esconde que a vaidade excessiva já o prejudicou em muitos momentos. Adepto de dietas insanas, além do uso exacerbado de botox, como ele mesmo já revelou em entrevistas, ele mantém alguns rituais. "A preocupação pelo corpo perfeito já foi um objetivo. Hoje, entretanto, não é mais", conclui.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.