Mukeka Solidária arrecada fundos para álbum do Mestre Zé Negão

Acontece nesta sexta-feira (6/10), a partir do meio-dia, na Dhuzati Coletiva Antiespecista Artesanal, a Mukeka Solidária, almoço especial organizado em prol da feitura de Tumbeiro, primeiro álbum do Mestre Zé Negão. Percussionista e educador, o Mestre é referência do Coco de Senzala e um dos principais difusores do seguimento nas comunidades de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, onde mora desde a década de 1980.

Apesar da vida dedicada à cultura popular, sendo, inclusive, homenageado durante o último São João da cidade, ele ainda precisa arrecadar R$ 22.000 para gravação do registro.

O almoço servido durante o evento de hoje contará com uma moqueca de frutos do mato, acompanhada de arroz integral com taioba, farofa de mangará, salada panc e refresco matáli. O prato feito custará R$ 15 e toda a renda arrecadada será destinada à produção de Tumbeiro.

O Mestre Zé Negão e sua Laia estarão presentes, embalando a todos com seu autêntico coco de senzala.

MAIS AÇÕES

Para a arrecadação do valor necessário para a gravação de Tumbeiro não serão utilizadas plataformas online, nem cotas mínimas de valor ou recompensas, mas outras ações além da Mukeka, a exemplo de oficinas. “A campanha segue até março do ano que vem”, contou Patrícia Araújo, produtora do Mestre.

Também é possível contribuir com a campanha através da conta da Associação Cultural Laboratório de Intervenção Artística - LAIA que conta com o CNPJ 10.370.048/0001-45 (Caixa Econômica Federal, Ag: 3017, Op: 003, Conta-corrente: 1415-5). Depois, basta enviar o comprovante de depósito, nome completo e e-mail por mensagem direta para a página do Mestre Zé Negão no Facebook.

"O trabalho trará a público um recorte da memória individual, coletiva e social do Mestre Zé Negão através do Coco de Senzala, com composições inéditas e autorais, sobre as lidas e tradições de seu povo, contrapondo e transpondo a versão da historiografia oficial que – quase sempre – não aborda com verdade a cultura do povo negro ou “dos africanos escravizados no Brasil”, detalha o texto de apresentação do evento.

ASSISTA AO VÍDEO DA CAMPANHA: