O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundarpe anunciou nesta quinta (15) seis novos Patrimônios Vivos de Pernambuco. Em votação única, foram agraciados com o título o Clube Carnavalesco Mixto Seu Malaquias (agremiação carnavalesca), José Rufino da Costa Neto (Dedé Monteiro - poeta popular), o Mestre João Elias Espíndola (rendeiro), a Sociedade Musical 15 de Novembro (banda musical), o cantor e compositor Claudionor Germano (frevo) e o Mestre José Lopes (mamulengueiro).
A data de entrega do título acontecerá ainda em dezembro, em data a ser definida. Foram 68 pessoas e agremiações inscritas neste ano. Um dos destaques foi o aumento na inscrição de alguns segmentos, como o de artes cênicas e circense, e também a maior presença do Agreste e Sertão
BANDA 15 DE NOVEMBRO – Centenária banda militar criada em Gravatá, foi composta paralelamente à história local, marcando presença nos mais diversos eventos sócio-político-culturais da comunidade.
MESTRE JOÃO ELIAS ESPÍNDOLA – Responsável por uma das rendas renascença mais preciosas do Agreste de Pernambuco.
JOSÉ RUFINO DA COSTA NETO (DEDÉ MONTEIRO) – Nascido em Tabira, em 1949, começou a escrever versos aos 15 anos de idade, influenciado pelo pai (que cantava cordéis, enquanto trabalhava na roça), pelos vencedores de folheto de feira e pelo violeiros nordestinos. Atualmente, é professor aposentado e é, conforme diz, motorista de Teté (sua esposa), servente de pedreiro para o poeta Gonga (seu irmão) e serve de ‘macaco’ para seus netos Paulo Henrique e Maria Paula.
CLUBE CARNAVALESCO MIXTO SEU MALAQUIAS – Boneco mais sorridente não há. As feições de imensa felicidade se devem ao fundador do Clube Carnavalesco Misto Seu Malaquias, o Maracujá. A agremiação foi criada só para desfilar nas ruas o boneco criado à imagem de um amigo próximo de Maracujá. Hoje, o boneco é o mais antigo da Festa de Momo pernambucana e já soma 76 Carnavais.
CLAUDIONOR GERMANO – Em 68 anos de carreira, gravou 478 músicas em 31 discos, sendo um dos principais intérpretes de frevo do Estado, principalmente de compositores como Nelson Ferreira de Capiba.
ZÉ LOPES – Militante do mamulengo há mais de 40 anos, mestre Zé Lopes fundou, em Glória do Goitá, o Mamulengo Teatro do Riso, com quem realizou várias excursões pelo Brasil e Europa, sendo um dos mamulengueiros mais conhecidos do país.