Shahrokh Hatami, fotógrafo iraniano que cobriu diversos acontecimentos políticos e retratou muitas celebridades para as revistas Paris Match e Elle, morreu nesta quinta-feira, aos 89 anos, disse sua companheira neste sábado à AFP.
"Morreu por uma insuficiência pulmonar em Auxi-le-Château" (norte da França), contou Francine Carpon. O homem "discreto e que não gostava de falar de si" era fotógrafo pessoal da atriz Sharon Tate, de quem era próximo.
Ele foi uma das testemunhas no julgamento do psicopata Charles Manson, que morreu neste domingo, instigador do assassinato de Tate, em 1969.
VIDA E OBRA
Hatami nasceu em Teerã em 1928 e começou sua carreira como jornalista em um veículo iraniano, antes de se lançar na fotografia em 1950.
Ele foi correspondente da agência americana Black Star em Teerã, e cobriu a queda de Mohamad Mossadegh e a volta do xá em 1953. Suas fotografias foram publicadas pela revista Life.
Hatami se refugiou na Europa, entre Itália, França e Alemanha. Como fotógrafo independente, trabalhou para a Elle e a Paris Match. Cobriu, entre outros eventos, a abertura do Canal de Suez e a revolução iraniana.
Foi próximo e fotografou Coco Chanel, Elizabeth Taylor, Ursula Andress, Sophia Loren, Ingrid Bergman, Catherine Deneuve e Steve McQueen. Ele também registrou as filmagens de diretores como Woody Allen, Jean-Luc Godard, François Truffaut e Roman Polanski.
Hatami é autor das raras fotos dos Beatles no Cavern Club de Liverpool em 1963.
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