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Alfredo Bertini assume a presidência da Fundaj

Em cerimônia com o ministro da educação Ricardo Vélez Rodríguez, ele falou em resgatar funções da instituição

JC Online
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Publicado em 29/01/2019 às 11:54
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Em cerimônia com o ministro da educação Ricardo Vélez Rodríguez, ele falou em resgatar funções da instituição - FOTO: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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Em cerimônia no Cinema do Museu, em Casa Forte, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, empossou segunda (28/1) o economista pernambucano Alfredo Bertini na presidência da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Em seu primeiro discurso no posto, o gestor afirmou que pretende conduzir a instituição através da ideia do resgate dos princípios dos dois patronos do local, Joaquim Nabuco e Gilberto Freyre, além de lutar para recuperar a importância original do órgão federal.

Apesar de não ter se detido em planos mais específicos, Bertini defendeu a ideia de uma Fundaj que ajude a forjar políticas públicas para o Nordeste. Na sua fala, ressaltou que a instituição, como foi concebida por Freyre, tinha como proposta formar um tripé com a Sudene e o Banco do Nordeste. “A fundação pensava, a Sudene executava e o Banco do Nordeste financiava”, resumiu, lembrando que a Fundaj chegou a calcular índices como a inflação e o desemprego.

Bertini, criador do Festival Cine-PE, ocupou recentemente os postos de secretário do Audiovisual e de secretário de Infraestrutura Cultural, ambos no governo Michel Temer. Ainda no discurso de posse, ele contou que, no início de sua trajetória, estudou na Fundaj e sonhava em ser servidor da instituição.

Para ele, Joaquim Nabuco representa para instituição a “expressão máxima da liberdade”. Já Gilberto Freyre traz a importância de sempre aprender: “Ele tem o sentimento de valorização do pensamento, da consciência formada, da preparação, da pesquisa, enfim, desses valores que nós estamos aqui colocando como importantes para a educação”.

Ricardo Vélez, por sua vez, também destacou a obra dos dois pensadores pernambucanos. “Joaquim Nabuco traz uma visão holística da situação do Brasil perante um mundo globalizado. As pesquisas e todas as atividades culturais da Fundaj certamente terão como finalidade nos lembrar essa dupla realidade de que Gilberto Freyre e Joaquim Nabuco são os portadores”, afirmou.

CULTURA

Em conversa com os jornalistas, Bertini reafirmou a missão de recuperar a dimensão do espaço. “A fundação tem uma história, uma tradição nessa área de pesquisa e de ensino, vamos buscar direcionar essas políticas de desenvolvimento para as prioridades definidas pelo governo federal e também pelo ministério da Educação”, garantiu.

O novo presidente da Fundaj declarou ainda que os atuais gestores dos equipamentos culturais da instituição não devem ser trocados. “Eu tenho uma sensibilidade cultural porque atuei como produtor e estava no Ministério da Cultura, trabalhei na Infraestrutura de Cultura, no apoio aos equipamentos culturais”, apontou. “Além disso tenho a minha vivência privada para pensar esses equipamentos. Ontem mesmo na Fundaj do Derby eu mostrava ao ministro uma exposição sobre o Carnaval feita de última hora, em cima de parte da nossa reserva técnica. Coisa linda, e vale a pena mantê-la até depois do Carnaval para que as pessoas tenham acesso a essa riqueza cultural que é o Carnaval de Pernambuco.”

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