Desabafo

Fernanda Montenegro sobre política: 'Esses corruptos dominaram o país'

Atriz concedeu entrevista à revista Veja e revelou seu descontentamento com os políticos brasileiros

JC Online
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Publicado em 29/04/2017 às 17:30
Foto: Estevam Avellar/TV Globo
Atriz concedeu entrevista à revista Veja e revelou seu descontentamento com os políticos brasileiros - FOTO: Foto: Estevam Avellar/TV Globo
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A atriz carioca Fernanda Montenegro, de 89 anos, concedeu uma entrevista à revista Veja. A prévia da conversa foi divulgada neste sábado (29), onde ela falou sobre sua carreira, mas principalmente, sobre a situação política do Brasil.

Para a publicação, a artista revelou estar decepcionada com o PT e incrédula com os políticos que estão atualmente no poder. “Esses corruptos invadiram Brasília feito ETs e dominaram o país. Sempre votei no Lula, mas minha decepção começou há tempos, em 2012, quando ele visitou Paulo Maluf para pedir apoio à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, bem antes da Lava-Jato. Ali, a máscara caiu, e ele virou um anti-herói”, diz Fernanda.

Sobre a possibilidade do ex-presidente Lula ser preso, a atriz conta que a situação do Brasil exige outras prioridades: “O momento é tão surpreendente que não sabemos o que vai acontecer amanhã. Brasília continua como se nada estivesse acontecendo. A equipe do Temer está toda envolvida com corrupção. Mas, quando gritam ‘Fora, Temer’, não temos quem colocar no lugar. A Lava-Jato nos mostrou que todas as tendências partidárias e correntes ideológicas estão unidas no crime. A propina conseguiu algo incrível: unir esquerda e direita”.

FORA TEMER

Sem medo de expor seu posicionamento, Fernanda Montenegro diz não ter esperanças no governo de Michel Temer: “E o pior é que nem começamos a passar as coisas a limpo. Ainda estamos na fase de pôr as cartas na mesa. Muitas descobertas virão à tona. Vivemos uma tragédia”.

E após virar notícia recentemente ao puxar um coro de 'Fora, Temer' em um Festival de Teatro de Curitiba, a atriz explicou o porque de sua atitude: “Acho que o Temer tinha de ter saído junto com a Dilma, já que era uma chapa só. Eles foram cúmplices, coniventes, aderentes”, encerrou.

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