O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano, informou nesta quarta-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Leia Também
- Governo projeta alta de 1,6% no PIB em 2017
- Dyogo: avanço do PIB ajuda, mas não é suficiente para fechar Orçamento de 2017
- Alta de 1,6% no PIB não deve garantir meta fiscal, dizem analistas
- Maior driver da nova previsão para PIB de 2017 é investimento, diz Hamilton
- Expectativa de retração do PIB em 2016 segue em 3,20%, mostra BC
O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas de 60 instituições consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma retração de 1,10% a uma alta de 0,60%, com mediana de queda de 0,50%.
Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o PIB recuou 3,8% no segundo trimestre deste ano. O resultado ficou dentro das estimativas de 58 casas, que previam queda de 2,90% a 4,52%, com mediana negativa de 3,60%.
Com o dado divulgado hoje, o PIB recuou 4,6% no ano em relação a igual período de 2015, e acumula queda de 4,9% em 12 meses até o segundo trimestre de 2016.
Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre do ano totalizou R$ 1,53 trilhão.
Setores
O PIB da indústria subiu 0,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o PIB da indústria mostrou queda de 3%.
Já a atividade de serviços caiu 0,8% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o PIB de serviços registrou queda de 3,3%.
O PIB da agropecuária caiu 2% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o PIB da agropecuária mostrou recuo de 3,1%.
Consumo das famílias
O consumo das famílias caiu 0,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, o consumo das famílias mostrou queda de 5,0%
Consumo do governo
O consumo do governo, por sua vez, recuou 0,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Já na comparação com o segundo trimestre de 2015, o consumo do governo mostrou queda de 2,2%.
Formação Bruta de Capital Fixo
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 0,4% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, a FBCF teve queda de 8,8%. Ainda segundo o instituto, a taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 16,8% no segundo trimestre de 2016.
A FBCF é a operação das Contas Nacionais que registra a ampliação da capacidade produtiva futura de uma economia por meio de investimentos correntes em ativos fixos, ou seja, bens produzidos factíveis de utilização repetida e contínua em outros processos produtivos por tempo superior a um ano sem, no entanto, serem efetivamente consumidos pelos mesmos.
Exportações
As exportações contabilizadas no PIB cresceram 0,4% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2015, as exportações mostraram alta de 4,3%.
As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, avançaram 4,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Já na comparação com o segundo trimestre de 2015, as importações caíram 10,6%.
A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.