O dólar retomou a trajetória queda nesta terça-feira (22), com os investidores dividindo as atenções entre o cenário político e os passos do Banco Central na política cambial. A deflagração de uma nova fase da Operação Lava Jato, o segundo leilão de swaps reversos e decisões desfavoráveis a Luiz Inácio Lula da Silva no STF estiveram entre as principais notícias do dia. A moeda americana terminou o dia em baixa de 0,59%, cotada a R$ 3,5948 no mercado à vista.
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O dólar chegou a subir até R$ 3,6521 (+0,99%) pela manhã, com os investidores à espera do leilão de contratos de swap reverso do Banco Central. A operação, que equivale à compra de dólares e venda de taxa de juros pelo Banco Central, consistiu na oferta de 14.500 contratos. Foram vendidos 10.000 contratos, ou 69% da oferta. Na véspera, o BC havia vendido 27,5% da oferta de 20 mil contratos.
A colocação parcial dos contratos de swap reverso fez o dólar perder fôlego e a cotação virou para o negativo pouco depois, com o mercado voltando as atenções novamente ao cenário político A percepção de enfraquecimento do governo Dilma Rousseff predominou e a cotação chegou à mínima de R$ 3,5757 (-1,12%), pouco antes das 14 horas.
No início da tarde, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o seguimento em ação ajuizada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender parte da decisão do ministro Gilmar Mendes, na sexta-feira passada, que invalidou a posse de Lula como ministro da Casa Civil.
Weber considerou que não cabe habeas corpus questionando a decisão de ministro do Supremo. "Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator", afirmou no despacho. Pela manhã, a Polícia Federal deflagrou a 26ª fase da Lava Jato, mas nenhum político foi preso ou levado a prestar depoimento.