O presidente Mauricio Macri afirmou nesta quarta-feira (21) que "o pior já passou" na Argentina, com a inflação cedendo e o país voltando a crescer no final do ano, apesar da previsão negativa do FMI.
Leia Também
- Macri fará primeira visita ao Brasil como presidente da Argentina
- Freio judicial freia 'tarifaço' de Macri na Argentina
- Macri vai a Bruxelas e quer Argentina mais próxima da União Europeia
- Para Macri, agricultura é ponto de conflito em negociações da UE com Mercosul
- Desaprovação do governo argentino de Macri sobe 18% em seis meses
- Nova discórdia entre o papa e Macri após rejeição de doação
"O pior já passou", garantiu Macri em entrevista à TV, prevendo que a Argentina crescerá "entre 3 e 3,5 pontos" em 2017.
Macri, que assumiu a presidência em dezembro passado, disse que a "cada dia estamos um pouco melhor e vamos no caminho certo para crescer" até o final do ano.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta quarta-feira em meio ponto sua previsão sobre o desempenho da economia argentina, ao apontar uma retração de 1,5%, contra 1% estimado em abril.
Segundo o FMI, "o ajuste dos preços relativos no primeiro semestre de 2016 (...) acelerou a inflação e prejudicou o consumo privado", mas Macri afirmou que "a inflação já está baixando e no próximo ano será inferior a 20%".
A inflação acumulada entre janeiro e junho de 2016 foi de 26,7%, segundo o índice oficial, e nos últimos 12 meses atingiu 43,6%.
A brutal elevação nas tarifas dos serviços básicos, a alta no custo de vida e o clima recessivo tem sufocado as pequenas e médias empresas, o comércio e a construção civil, situação agravada pela crise no Brasil, que está afetando a indústria automobilística argentina.