Novas máximas históricas foram registradas pelos mercados acionários americanos nesta sexta-feira, 20, com os investidores reagindo à aprovação da proposta de orçamento para o próximo ano fiscal no Senado americano, dando aval para que o plano tributário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seja apreciado no Congresso.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,71%, aos 23.328,63 pontos; o S&P 500 avançou 0,51%, aos 2.575,21 pontos; e o Nasdaq subiu 0,36%, aos 6.629,05 pontos. Na semana, houve valorização de 1,57%, 0,62% e 0,29% respectivamente.
"A única palavra que pode descrever o avanço de hoje é 'implacável'", disse o analista de ações da Baird Michael Antonelli. Ele afirmou que, embora as notícias sobre o orçamento possam estar contribuindo para os ganhos do mercado acionário, a maior parte do rali se baseia, principalmente, no crescimento dos lucros e no crescimento global. "Os resultado são o que, no final, impulsionam os preços das ações", disse Antonelli. Além disso, as empresas que relataram resultados no terceiro trimestre ate agora têm excedido as expectativas de analistas em solo americano.
Como apontou Antonelli, o catalisador do movimento de alta das bolsas dos EUA nesta sexta-feira foi a aprovação do orçamento para o ano fiscal de 2018. Após a passagem da peça, o Congresso passa a ter a pauta concentrada na reforma tributária desejada por Trump. Em entrevista à Fox Business, o republicano disse achar que tem os votos necessários para aprovar o plano, além de achar que a reforma será aprovada no Congresso até o fim deste ano.
"O primeiro obstáculo para a reforma tributária foi retirado", comentou o diretor de investimentos da Brooks Macdonald, Edward Park. Segundo ele, muitos investidores, no entanto, ainda não estão seguros sobre quando a reforma pode ser entregue e se ela será entregue.
No ramo corporativo, o lucro apresentado pelas empresas tem impulsionado os ganhos nas ações nas duas últimas semanas. Aproximadamente 23% das companhias que integram o S&P 500 que já apresentaram seus resultados superaram as previsões de ganhos, de acordo com dados da Thomson Reuters.
Nesta sexta-feira, a General Electric registrou queda no lucro do terceiro trimestre, que foi de US$ 1,8 bilhão, com o ganho ajustado por ação de US$ 0,29, enquanto analistas esperavam US$ 0,49 por ação. Os papéis da companhia chegaram a cair mais de 6% no intraday, mas se recuperaram devido à expectativa com as reformas promovidas por Trump e fecharam em alta de 1,06%, a US$ 23,83. (Com informações da Dow Jones Newswires)