FGV: alimentos e recreação têm deflação no varejo no mês

Segundo a FGV aves e ovos baixaram 1,26% e foram o principal impacto
Carolina Sá Leitão
Publicado em 19/08/2014 às 10:12


Os preços inflados diante da demanda atípica durante a Copa do Mundo continuam a se desfazer ao longo deste mês e empurraram o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) a uma queda de 0,02% em agosto, contra alta de 0,14% em julho, no âmbito da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). O movimento ainda recebeu uma ajuda das sete demais classes de despesa do índice, já que todas desaceleraram na passagem do mês.

A principal contribuição para a deflação no IPC partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,17% para -0,33%), diante das diárias de hotéis 3,76% mais baratas em agosto. No mês passado, o item havia subido 5,83%. Os alimentos também trouxeram uma influência benigna ao IPC, diante de uma queda de 0,15%, após recuo de 0,10% em julho. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV) aves e ovos baixaram 1,26% e foram o principal impacto, após já terem recuado 0,36% no mês passado. Também pesaram menos no bolso das famílias a batata-inglesa (-26,06%) e o tomate (-13 17%)

Além destes dois grupos, também apresentaram deflação os grupos Transportes (0,07% para -0,12%), com uma queda de 0,29% nos preços de serviços de reparo em automóvel; Comunicação (0,08% para -0,18%), diante da mensalidade para internet 1,43% mais barata; e Vestuário (-0,49% para -0,79%), com calçados custando 0,57% menos em média.

Ainda no positivo, outras três classes de despesa perderam força como Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% para 0,24%), com recuo de 0,37% nos medicamentos; Habitação (0,37% para 0,34%), diante da queda de 0,96% na taxa de água e esgoto residencial, refletindo os descontos concedidos a quem reduz o consumo em São Paulo; e Despesas Diversas (0,25% para 0,22%), com o fim do impacto do reajuste na tarifa postal (4,95% para 0,00%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,23% na segunda prévia do IGP-M de agosto, após subir 0,67% no mês passado. A desaceleração foi influenciada tanto pelo índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,42% para 0,07%) quanto pelo custo da Mão de Obra (0,89% para 0,38%).

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