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Crise econômica internacional 'afetou profundamente' o Brasil, afirma Dilma

A presidente fez a avaliação durante discurso na cúpula da Unasul, no Equador

Da Folhapress
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Publicado em 05/12/2014 às 17:04
Foto: JUAN CEVALLOS / AFP
A presidente fez a avaliação durante discurso na cúpula da Unasul, no Equador - FOTO: Foto: JUAN CEVALLOS / AFP
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A crise econômica internacional "afetou profundamente" o Brasil e a integração dos países sul-americanos ganha importância em um cenário "cada vez mais conturbado pelas incertezas de ordem política e econômica".

A avaliação foi feita pela presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira (5), em cúpula da Unasul, bloco que reúne os 12 países do continente. "Todos nós sabemos que a recuperação da crise que começou lá atrás, em 2008, ainda é tênue", disse.

Em um discurso de cerca de 14 minutos, ela exaltou as eleições recentes na região --inclusive a do Brasil-- e defendeu maior diversidade da produção local, "sob pena de ficarmos presos ao círculo vicioso da mera exportação de matérias primas".

"Não basta considerar esses recursos (naturais) apenas como grande vantagem comparativa regional. É preciso transformar esses recursos em ferramentas efetivas de diversificação produtiva e desenvolvimento social, sob pena de ficarmos presos ao circulo vicioso da mera exportação de matérias primas", argumentou.

Para Dilma, o cenário atual de queda nos preços das commodities exige essa mudança. "Principalmente no caso de petróleo, o desafio do desenvolvimento é ainda maior. Temos diante de nos compromissos históricos a cumprir, tarefas cuja realização será crucial para o nosso futuro."

A presidente destacou ainda a necessidade de maior integração física entre os países --por meio de infraestrutura logística e energética-- e apontou a importância da Unasul, afirmando que o bloco consolida "a América do Sul como exemplo de paz, união, em um mundo cada vez mais conturbado pelas incertezas de ordem política e econômica".

ELEIÇÕES - Ao destacar avanços sociais recentes nos países, Dilma elencou vitórias como a de Tabaré Vasquez no Uruguai, Michele Bachellet no Chile e sua vitória nas últimas eleições.

"Nessas eleições, saiu vitoriosa a agenda da inclusão social, do desenvolvimento com distribuição de renda e portanto, do combate a desigualdade e da garantia de oportunidades, que caracteriza a nossa região nos últimos anos", disse.

"No Brasil, logramos pela quarta vez consecutiva renovar o apoio da sociedade a um projeto que culmina em inclusão social, combate à pobreza e busca da competitividade da nossa economia", completou.

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