Em dia marcado pelo fraco volume de negócios, o principal índice da Bolsa brasileira acompanhou o bom humor dos mercados americanos e fechou esta segunda-feira (29) em alta, com investidores buscando melhorar a performance de suas carteiras no fim do ano.
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No câmbio, dados fiscais piores que o esperado e a incerteza sobre como serão as atuações do Banco Central em 2015 puxaram a cotação do dólar de volta para a casa de R$ 2,70. A baixa quantidade de operações também influenciou este mercado.
O Ibovespa fechou em alta de 0,90%, para 50.593 pontos. O volume financeiro foi de R$ 3,512 bilhões, bem inferior à média diária em 2014, de R$ 7,315 bilhões, uma vez que muitos operadores já estão fora do mercado por causa dos feriados de Natal e Ano Novo. Em dezembro, o giro financeiro diário é de R$ 8,182 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa.
PAPÉIS
As ações preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, cederam 0,19%, para R$ 10,28 cada uma. A estatal informou na sexta-feira à noite que sua produção de petróleo no Brasil atingiu 2,111 milhões de barris/dia em novembro, pouco abaixo do recorde de 2,126 milhões de barris/dia em outubro.
A petroleira continua no centro de uma série de escândalos de corrupção que a impediram de divulgar seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano e ameaçam forçar a troca de sua presidente, Maria das Graças Foster, segundo analistas.
Em sentido oposto as ações do setor elétrico se destacaram entre as maiores altas do índice. Estão previstos reajustes nos preços da energia no próximo ano. As ações preferenciais da Eletrobras ganharam 2,92%, para R$ 8,11 cada uma. Já a CPFL subiu 2,65%, para R$ 18,96.
A Cemig também fechou no azul, com avanço de 2,81%, para R$ 13,54. A diretoria da estatal mineira de energia aprovou na última sexta-feira o pagamento de R$ 230 milhões em juros sobre capital próprio (parte do lucro distribuída aos acionistas).
Com peso relevante no Ibovespa, as ações da produtora de bebidas Ambev mostraram valorização de 0,92%, para R$ 16,37 cada uma, ajudando o índice a se sustentar no azul. O mesmo aconteceu com os papéis preferenciais da mineradora Vale, que ganharam 0,57%, para R$ 19,32 cada um.