A assembleia de acionistas marcada pela Petrobras para o dia 29 de abril terá na pauta apenas a eleição dos conselheiros fiscais e de administração, além da remuneração dos administradores.
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Sem ter um balanço financeiro anual a ser submetido aos acionistas, como tradicionalmente ocorre nesses encontros, temas como aprovação do resultado, destinação do lucro e pagamento de dividendos não serão abordados, de acordo com o edital de convocação da assembleia, publicada nesta sexta-feira (27).
Tais assuntos serão submetidos aos acionistas em outra assembleia, em data a ser "oportunamente convocada", segundo a empresa.
A PwC, auditoria independente contratada pela Petrobras, não deu aval ao resultado do terceiro trimestre da companhia porque é necessário que sejam dadas baixas a valores indevidamente lançados como ativos, mas que, na verdade, foram desembolsados para pagamento de propinas, segundo o esquema revelado na Operação Lava Jato.
Pelo mesmo motivo, a empresa também não conseguiu entregar, ainda, o resultado de 2014 auditado.
A Petrobras busca um novo modelo para fazer a conta, depois que a metodologia apresentada em janeiro, que apontava necessidade de baixa de R$ 88,6 bilhões, foi descartada.
A conta foi ignorada porque considerava também perdas decorrentes de questões operacionais, de mercado e de câmbio, e não considerava ganhos econômicos proporcionados pela integração de atividades operacionais.
Para que a empresa possa submeter o resultado anual aos acionistas para aprovação, é necessário que o material seja publicado pelo menos 30 dias antes.
Conforme reportagem da Folha de S.Paulo, em reunião com conselheiros de administração da Petrobras realizada nesta quinta-feira (26), o diretor financeiro da empresa, Ivan Monteiro, fez questão de não prever uma data para publicação do resultado da estatal em 2014.
Ele havia sido questionado pelos conselheiros, na ocasião, se era possível apresentar o resultado até o fim de abril.