O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 4,9% em junho, em relação a maio, ao passar de 71,6 para 68,1 pontos. Quanto mais baixo o índice em relação a 100 pontos, maior é o pessimismo das empresas da indústria quanto à situação atual e à intenção de novos investimentos.
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A pesquisa sobre o ICI, feita em 1.200 empresas industriais em todo o país, objetiva orientar o governo e líderes empresariais em relação à tomada de decisões sobre a política econômica e sobre negócios.
Segundo o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo Jr, o resultado da pesquisa sinaliza que, entre março e junho, “a indústria de transformação enfrentou mais um trimestre de queda da produção e de margens de lucro comprimidas”.
Segundo ele, embora os indicadores que retratam a situação presente dos negócios estejam caindo mais fortemente em junho, “chama atenção a piora das expectativas, levando a um elevado grau de pessimismo em relação ao horizonte de três a seis meses”.
A queda do ICI em junho atingiu 9 dos 14 principais segmentos acompanhados pela pesquisa. O Índice da Situação Atual (ISA), um dos componentes da pesquisa, caiu 5,6%, atingindo o menor nível da série mensal iniciada em outubro de 2005 (70,4 pontos). Outro elemento da pesquisa - o Índice de Expectativas (IE) - recuou 4,2%, passando a 65,8 pontos.