A quantidade de empregos formais no Brasil apresentou uma nova redução em junho. De acordo com dados oficiais do Ministério do Trabalho, divulgados nesta sexta-feira (17), houve uma redução de 111.199 vagas em todo país.
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O resultado é o mais baixo para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1992, quando a redução de vagas chegou a 3.738.
O resultado de junho é semelhante ao observado no mês anterior, maio, quando a redução foi de 115.599 empregos celetistas.
Dentre os principais setores onde houve perda de vagas estão: a indústria da transformação (que diminuiu 64.228 postos), serviços (retração de 39.130) e o comércio (menos 25.585).
O governo atribui o encolhimento no setor de serviços ao recuo de quatro atividades: comércio e administração de imóveis, ensino (por motivo sazonal relacionado ao ciclo escolar), serviços de transportes e comunicações.
SÃO PAULO
Na lista dos Estados em que mais houve perda de vagas com carteira assinada, São Paulo aparece no topo. A redução chegou a 52.286 postos. A mais acentuada do país.
O Rio Grande do Sul aparece em seguida, com fechamento de 14.013 vagas. Depois vem o Paraná, que perdeu 8.893 e Santa Catarina, com 7.922.
Destaques positivos para os Estados de Minas Gerais, que criou 9.746 vagas, Mato Grosso, com 3.602 novas oportunidades com carteira assinada, o Maranhão, com 2.001 e Goiás, com 3.602.
SEMESTRE
No acumulado do primeiro semestre de 2015, o Brasil já perdeu 345.417 empregos celetistas. Foram 9.819.178 admissões e 10.164.595 desligamentos.
De janeiro a junho, as possibilidades de trabalho formal retraíram nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte.
As regiões Centro-Oeste e Sul apresentaram resultado positivo, embora com crescimento discreto.
SALÁRIOS MENORES
Segundo dados do Caged (Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados), os salários médios de admissão também apresentaram queda real, de 1,63% em relação ao mesmo semestre de 2014.
O valor médio inicial para contratação foi de R$ 1.271, em 2014, para R$ 1.250, em 2015.
Há também diferenciação por gênero. Queda real de 1,87% nos salários quando tratada a admissão de homens e de 0,86% nas admissões de mulheres.