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Os juros futuros caem no início do pregão nesta terça-feira (5) dando continuidade ao movimento de correção visto na véspera e contrariando a influência do dólar, que opera em leve alta. O giro de negócios, no entanto, é fraco.
Às 9h25, o DI para abril de 2016 projetava taxa de 14,720%, ante 14,740% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 indicava 15,70%, de 15,76% na sessão anterior. O DI para janeiro de 2018 mostrava 16,42%, de 16,50%. E o DI para janeiro de 2021 apontava 16,57%, de 16,58%.
O movimento no mercado de renda fixa ocorre simultaneamente ao aumento das incertezas em relação à condução da política econômica. Fontes dizem que a cúpula do PT defende que o governo faça uma 'Carta ao Povo Brasileiro' às avessas, com medidas para estimular o setor produtivo, pressão pela queda dos juros e mesmo o uso das reservas internacionais para investimentos.
No exterior, o Banco do Povo da China (PBoC) fez nesta terça uma injeção de 130 bilhões de yuans (US$ 19,9 bilhões) em recursos de curto prazo no sistema financeiro chinês, na maior oferta de fundos em um único dia desde 8 de setembro do ano passado. Também interveio no mercado de câmbio, com o objetivo de dar sustentação à moeda local, o yuan, e acalmar os investidores. Desse modo, o yuan terminou a sessão com baixa marginal diante do dólar e as bolsas chinesas voltaram a cair, mas em menor intensidade que na segunda-feira, 4. Enquanto isso, permanecem as tensões entre Arábia Saudita e Irã.
Na segunda, o presidente do Federal Reserve de São Francisco, John Williams, disse que a economia dos EUA ainda precisa de uma política acomodatícia diante "dos obstáculos significativos oriundos de outras partes do mundo, o dólar forte e questões relativas a moradia".
Williams espera um crescimento entre 2,0 e 2,5% em 2016 e estima que a taxa de desemprego caia para 4,5%. Ele afirmou que, em média, os dirigentes do Fed esperam "quatro elevações das taxas de juros, o que levaria a meta do banco central para cerca de 1,35%".