O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, disse haver uma posição "unânime" no ministério de que não é possível repassar à conta de energia do consumidor reajustes a partir de desequilíbrios tarifários apontados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
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"Estamos conversando com pessoas da própria secretaria do ministério e é unânime que não dá mais para repassar para a tarifa nenhuma conta. Temos de buscar uma solução, mas com a equipe formatada vamos fazer isso com calma", afirmou o ministro, após uma reunião com entidades do setor, a primeira após a assumir o cargo.
Bezerra Filho considerou ainda "urgente" a questão da apresentação dos balanços da Eletrobrás de 2014 e 2015 à SEC (órgão regulador do mercado de capitais americano), cujo prazo final é na quarta-feira. A SEC não aceita receber os balanços com ressalvas e a KPMG, consultoria responsável por auditar os documentos da Eletrobrás, se recusa a assiná-los.
Se o balanço não for apresentado, a Eletrobras corre o risco de ter suas ações suspensas na Bolsa de Nova York e ainda ter o resgate de bônus de dívida antecipado, um total de R$ 40 bilhões que seria arcado pelo Tesouro.
"Estou focado na montagem da equipe, mas a questão da Eletrobras se colocou na frente por conta da urgência", disse o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.