Recuperação Judicial

Oi afirma a juiz em NY que vinha sendo ameaçada por fundos abutres

A ameaça de "ações adversas" adicionais por alguns credores foi um dos fatores que levaram a Oi e desenhar a estratégia de recuperação judicial

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Publicado em 22/06/2016 às 21:26
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A ameaça de "ações adversas" adicionais por alguns credores foi um dos fatores que levaram a Oi e desenhar a estratégia de recuperação judicial - FOTO: Foto: Divulgação
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A operadora de telefonia Oi afirmou na Corte de Nova York que vinha sendo ameaçada por hedge funds dos Estados Unidos, como a Capricorn Capital, que pertence à gestora Aurelius, a mesma que comprou briga judicial com a Argentina. Muitas dessas carteiras são especializadas em comprar papéis de empresas e governos com problemas para lucrar com litígios na Justiça.

A companhia diz em seu pedido de proteção contra credores, o Chapter 15, autorizado hoje pelo juiz Michael Wiles em Nova York, que vinha sendo alvo de "certos hedge funds" desde o final de 2015. Em março, o Capricorn abriu um litígio contra a empresa na Holanda.

A companhia afirma ter tem tido "conversas produtivas" desde março com detentores de bônus que representam 27% dos credores e que espera que as discussões avancem na Corte brasileira. Apesar dessas conversas, a Oi menciona que vem sendo alvo dos fundos de hedge e de ameaças de novas ações.

A ameaça de "ações adversas" adicionais por alguns credores foi um dos fatores que levaram a Oi e desenhar a estratégia de recuperação judicial, afirma o documento enviado ao juiz, de 57 páginas.

"As dificuldades financeiras da companhia podem ser atribuídas a um tempestade perfeita de problemas econômicos em nível corporativo, setorial e nacional", afirma a Oi, citando as instabilidades trazidas no Brasil pela Operação Lava Jato e a recessão no país, que espantou investidores estrangeiros e fechou o mercado de capitais.

Ao autorizar a proteção contra os credores, o juiz em Nova York afirma que na ausência dessa decisão, havia "risco material" de que os que os credores sofreriam "danos irreparáveis". Com a decisão, os credores ficam impedidos temporariamente de agir contra a empresa, ressalta o juiz.

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