A perspectiva de que o aperto monetário nos Estados Unidos pode contar com duas altas de juros em 2016, incluindo uma elevação logo em setembro, sustentou a alta do dólar ante o real nesta sexta-feira (26) garantindo o maior valor de fechamento no mês.
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A sinalização sobre a política monetária norte-americana veio do vice-presidente do Federal Reserve, Stanley Fischer, cujo efeito nos mercados superou o impacto do tão aguardado pronunciamento da comandante da instituição, Janet Yellen.
Em resposta às falas de Fischer, o dólar se fortaleceu de maneira generalizada pelo mundo. No Brasil, o movimento veio com a virada para o terreno positivo ante o real, poucos minutos após a divisa norte-americana tocar a mínima da sessão.
Baseando-se nas falas de Yellen, Fischer admitiu a possibilidade de um ritmo mais firme de aperto ao ser questionado durante uma entrevista da CNBC se os investidores devem esperar por uma alta de juros em setembro e por mais outra ainda neste ano.
"Eu acho que o que Yellen disse hoje é consistente para responder às duas perguntas, mas não é algo que saberemos até que vejamos os dados". Mais cedo, o discurso de Yellen foi considerado menos "hawkish" do que o esperado. Por um lado, a dirigente apontou que "o argumento a favor de um aumento da taxa dos Fed Funds se fortaleceu nos últimos meses".
No entanto, a presidente do BC norte-americano ressaltou que "as decisões também dependem do grau em que os próximos dados continuem a confirmar a perspectiva (do Fed)".
No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou aos R$ 3,2683, com alta de 1,19%, maior valor desde 1º de agosto, quando encerrou aos R$ 3,2693. Na semana, o dólar acumulou alta de 1,99%. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em setembro encerrou cotado a R$ 3,2710, com alta de 0,89%, enquanto o giro no mercado futuro somou US$ 18,220 bilhões.