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Petrobras só tem a ganhar com fim de exclusividade no pré-sal, diz Parente

Segundo Parente, o fim da obrigação é ainda mais importante já que a empresa "vive momento importante de restrições financeiras"

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Publicado em 27/09/2016 às 14:50
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Segundo Parente, o fim da obrigação é ainda mais importante já que a empresa "vive momento importante de restrições financeiras" - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, reafirmou nesta terça-feira (27) que a estatal "só tem a ganhar" com o fim da obrigação da exclusividade de ser a operadora única dos campos do pré-sal. "Tem projeto no Congresso cujo objetivo é substituir a obrigação da Petrobras de ser operadora única dos campos do pré-sal por uma opção. A empresa como um todo só tem a ganhar com isso. Se você tem uma opção em vez de uma obrigação é claro que só esta razão já é um benefício muito grande para a empresa e nós defendemos isso sim", afirmou, após encontro com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.

Segundo Parente, o fim da obrigação é ainda mais importante já que a empresa "vive momento importante de restrições financeiras". "E se nós somos obrigados a participar de todos os campos, não vamos ter recursos para fazer isso. Isso vai fazer com que a exploração desses campos leve um tempo muito mais longo", afirmou.

O presidente da Petrobras disse ainda que o fim da obrigatoriedade não é positivo apenas para a empresa e sim é importante também para a retomada do crescimento econômico, já que a atração de investimentos vai gerar riqueza e com isso emprego e renda. "É muito importante que o País possa ter outros players e outras empresas que se interessem em fazer esses investimentos", disse.

Marco regulatório

Parente disse ainda que o governo está trabalhando em outras mudanças no Marco Regulatório do setor e que acredita que em poucos meses haverá um avanço nessa área. O executivo ponderou que não poderia entrar em mais detalhes já que esse assunto pertence ao ministério de Minas e Energia. "Achamos que é questão de meses para que a gente possa ter quadro regulatório favorável", disse, reforçando que o setor pode dar "respostas muitas rápidas na área de investimentos", com as mudanças de regulação.


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