A produção brasileira de café alcançou 51,37 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado em 2016, somadas as espécies arábica e conilon. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (22), em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A quantidade representa um acréscimo de 18,8% em relação à safra anterior e supera o recorde de 2014, quando foram registradas 50,8 milhões de sacas.
A Conab informou que a área plantada no país teve redução, totalizando 2,22 milhões de hectares, com decréscimo de 1,1% em relação a 2015. A entidade destaca, contudo, que houve ganho de produtividade: a média de 26,33 sacas por hectares superou em 17,1% a da safra de 2015.
O órgão indicou como um dos motivos para os ganhos de produtividade foram as condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras de arábica. Os maiores ganhos, segundo a Conab, ocorreram em São Paulo (46,7%¨), Mato Grosso (39,4%) e Minas Gerais (32,2%).
O café arábica dominou as lavouras de café no país, representando 84,4% da produção total do grão com uma produção de 43,38 milhões sacas. O resultado demonstra um crescimento de 35,4% em relação à safra anterior e se justifica pelo aumento de 46 mil hectares da área em produção.
A produção do café conilon, que representa 15,6% do total de café do país, está estimada em 7,98 milhões de sacas, com redução de 28,6% na comparação com a safra passada.
Nesse caso, houve diminuição de 4% na área de produção e problemas climáticos pontuais, como seca e má distribuição de chuvas por dois anos no Espírito Santo, maior produtor da espécie no país.