Em uma reunião que durou mais de cinco horas, representantes dos trabalhadores dos Correios e da direção da empresa debateram nesta quarta-feira (3), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), alternativas para encerrar a paralisação dos empregados, iniciada no dia 26 de abril. O vice-presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, apresentou uma proposta de mediação que inclui o desconto de dois dias de greve e a compensação dos demais dias parados.
O ministro propôs que os Correios mantenham normalmente as férias dos empregados até o fim do ano. Os Correios haviam suspendido temporariamente as férias a partir deste mês, alegando não ter recursos para o pagamento dos benefícios.
A proposta também prevê que os Correios não deve judicializar a questão da mudança na forma de pagamento dos planos de saúde até que a mediação no TST seja concluída. A implantação de novas medidas operacionais deve ser suspensa e deverá ser formado um grupo de trabalho com representantes de empregados e da empresa para discutir a questão.
A negociação será levada para discussão em assembleias dos trabalhadores, em todo o País, nesta quinta-feira (4). Caso a categoria aceite a nova proposta, a greve pode ser encerrada e os serviços dos Correios retomados já na sexta-feira (5).
Segundo o balanço oficial, os Correios registraram, em 2016, prejuízo em torno de R$ 2 bilhões, patamar semelhante ao de 2015. Desde então, a estatal vem realizando ajustes, no sentido de reduzir custos: fechamento e fusão de agências, Programa de Demissão Voluntária (PDV).