Os financiamentos de veículos novos no Brasil subiram 10,1% em maio deste ano ante igual mês do ano passado, para 160,2 mil unidades, em soma que considera veículos leves, pesados e motos. É o primeiro crescimento nesse tipo de comparação desde fevereiro de 2014. Os dados foram antecipados ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) pela B3, empresa que resultou da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip.
Em relação a abril, o aumento foi ainda maior, de 28%, desempenho que contou com a ajuda de quatro dias úteis a mais em maio. No acumulado do ano, no entanto, o resultado ainda é negativo, de 4,8%, para 695,1 mil unidades.
Apesar dos avanços, a B3 prega cautela. "Ainda é cedo para falar em melhora do cenário econômico, os dados seguem indicando muito mais um cenário de estabilidade da economia", disse Marcos Lavorato, gerente de Relações Institucionais da B3.
Desde o início da crise econômica, em 2015, o número de financiamentos de veículos tem enfrentado quedas maiores do que o mercado como um todo (que considera também as vendas à vista). Isso ocorreu por causa da restrição ao crédito por parte dos bancos, que se tornaram mais rigorosos em razão do aumento da inadimplência e do desemprego.
O mercado como um todo voltou a ter resultados positivos na comparação anual em março, ainda que tímidos. Dois meses depois, é a vez do financiamento ter crescimento.
Em conta que considera somente os veículos leves, que representam a maior parte do mercado, os financiamentos tiveram avanço de 12,7% em maio ante maio de 2016, para 97,1 mil unidades. Na comparação com abril, o crescimento foi de 27,2%. De janeiro a maio, foram feitos 419,3 mil financiamentos de veículos leves, queda de 2,6% ante igual período do ano passado
Entre os pesados, houve expansão de 2,5% nos financiamentos em maio ante igual mês do ano passado, para 5.157 unidades. Em relação a abril, a alta foi de 12,3%. Porém, o número de unidades novas financiadas ainda cai no acumulado do ano, 12,8%, para 21,2 mil.
No caso das motos, as vendas financiadas cresceram 6,6% em maio sobre o volume de maio do ano passado e subiram 31% na comparação com abril, para 57,2 mil unidades. Já o resultado acumulado de janeiro a maio cai 7,4%, para 252,4 mil unidades.