Os consumidores brasileiros ficaram menos propensos às compras na passagem de agosto para setembro, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 76,8 pontos - numa escala de 0 a 200 -, um recuo de 0,7% no período.
"Com o fim do efeito dos saques das contas inativas do FGTS sobre as vendas, a tendência de crescimento do consumo nos próximos meses dependerá da resposta do mercado de trabalho e da retomada dos investimentos", avaliou Juliana Serapio, assessora econômica da CNC, em nota oficial.
Em relação a setembro do ano passado, porém, o ICF teve um aumento de 6,4% em setembro deste ano.
Único subitem acima da zona de indiferença (100 pontos), o componente Emprego Atual alcançou 106,4 pontos, uma redução de 0,7% em relação ao mês anterior. Na comparação com setembro de 2016, entretanto, houve aumento de 1,6%. O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual ficou em 30,7%, ante um total de 31,3% registrado em agosto.
Segundo a CNC, a preocupação das famílias quanto ao mercado de trabalho apareceu no componente Perspectiva Profissional. Aos 94,0 pontos, o subitem ficou 2,1% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro do ano passado, a queda foi de 3,5%.
O componente Nível de Consumo Atual atingiu 54,2 pontos em setembro, mesmo patamar do mês anterior, mas 16,7% maior do que o nível registrado no mesmo período de 2016. Mas a maior parte das famílias ainda declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado, 59,6% delas em setembro, ante uma fatia de 59,3% em agosto.
O item Momento para Duráveis cresceu 1,4% na passagem de agosto para setembro. Em relação a setembro de 2016, o componente subiu 18%.