Nossa política vai seguir mirando inflação baixa e na meta, diz Ilan

O presidente do Banco Central Ilan Goldfajn disse que a projeção é de que a economia cresça em um ritmo de 2% a 3% ao ano
Estadão Conteúdo
Publicado em 27/09/2017 às 10:33
O presidente do Banco Central Ilan Goldfajn disse que a projeção é de que a economia cresça em um ritmo de 2% a 3% ao ano Foto: Foto: Pinterest/ Reprodução


O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, comentou na manhã desta quarta-feira (27), que os analistas econômicos ainda acham que a taxa Selic vai cair "um pouco mais" em função das expectativas cada vez menores de inflação. "Vamos continuar mirando a inflação baixa e a inflação na meta", afirmou, em entrevista à Rádio CBN.

"Nossa postura lá atrás foi o que permitiu que a inflação caísse. Primeiro precisamos trabalhar, para depois ter o resultado. Lá atrás houve uma ansiedade, mas o BC manteve o trabalho. O BC precisa sempre ser prudente e fazer o que precisa fazer", completou.

Segundo ele, a taxa de juros hoje já está abaixo da chamada taxa estrutural e, portanto, já estaria estimulando a economia. "Claro que podemos ser mais ou menos estimulativos no futuro", acrescentou.

O presidente do BC reafirmou que a instituição projeta que a economia em 2018 cresça mais do que neste ano, a um ritmo entre 2% e 3%, o que significaria maiores oportunidades de emprego. Ele também enfatizou que os cenários da autoridade monetária apontam para uma inflação próxima da meta de 4,5%. "Nossa projeção atual entre 4% e 4,5%. Portanto, vemos para 2018 a continuidade da recuperação econômica com desinflação", afirmou.

Cenário Internacional

Sobre o cenário internacional, ele avaliou que, se os Estados Unidos subirem um pouco os juros, e de forma gradual, isso "não atrapalharia" no momento. "Um dos riscos que a gente corre é que essa subida dos juros americanos não seja devagar e que ela ocorra sem que a Reforma da Previdência tenha sido aprovada. O risco é mudar o cenário internacional sem termos feito o dever de casa", alertou.

Ilan Goldfajn evitou responder sobre eventuais novas medidas sobre compulsórios e se limitou a respondeu que o Banco Central "sempre analisa o que é melhor para o Brasil".

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