Um relatório feito pela área de estudos comportamentais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aponta que as estratégias de educação financeira com direcionamento exclusivamente pedagógico não são suficientes para proporcionar mudanças no comportamento financeiro de indivíduos.
O estudo, que será divulgado durante a Semana Mundial do Investidor, mostra que algumas barreiras comportamentais podem atrapalhar o processo de poupança até mesmo de indivíduos que já possuem habilidades e informações para isso.
Falta de autocontrole, excesso de confiança, diferença na contabilidade do dinheiro, influências sociais e falta de interesse são as principais barreiras psicológicas apontadas pelo relatório que desfavorecem a formação de reservas financeiras.
O estudo será apresentado nesta segunda-feira (2) na sede da CVM, no Rio. A pesquisa preliminar é um dos primeiros resultados do projeto "Educação Financeira para além do conhecimento", que pretende desenvolver um produto educacional para o brasileiro com potencial de poupança.
O levantamento utiliza ainda referências da psicologia para chegar a uma mudança de comportamento financeiro. "O problema da baixa taxa de poupança das famílias é complexo e para elaborar uma solução efetiva é fundamental entender seus aspectos comportamentais", diz Frederico Shu, da CVM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.